A inteligência emocional é um conceito da psicologia que define a capacidade de compreender, identificar e gerenciar as próprias emoções, bem como as emoções alheias, de maneira positiva. No dia a dia, lidar com as emoções com inteligência ajuda a aliviar o estresse, comunicar-se com eficácia, desenvolver a empatia, superar desafios e neutralizar conflitos.
Para além disso, a inteligência emocional é uma ferramenta que auxilia na construção de relacionamentos sólidos, na obtenção de sucesso acadêmico e profissional e na conquista de objetivos diversos. Ela também é útil na tomada de decisões e na resolução de problemas do cotidiano, além de ajudar a criar um ambiente saudável para si e para os outros.
Não há nenhum teste psicométrico validado ou escala para inteligência emocional. Por isso, muitos argumentam que ela não seria uma construção real, e sim uma maneira de descrever habilidades socioemocionais que respondem por outros nomes. Apesar dessas críticas, o conceito de inteligência emocional vem ganhando ampla aceitação em diversas áreas, inclusive em empresas e escolas.
Na década de 1930, o psicólogo Edward Thorndike descreveu o conceito de “inteligência social” como a capacidade de se relacionar com outras pessoas. Durante a década de 1940, o psicólogo David Wechsler propôs que diferentes componentes eficazes da inteligência poderiam desempenhar um papel importante no grau de sucesso das pessoas na vida.
A década de 1950 viu o surgimento da escola de pensamento conhecida como psicologia humanística, quando pensadores como Abraham Maslow focaram a atenção nas diferentes maneiras pelas quais as pessoas poderiam construir força emocional.
Outro conceito importante que surgiu no desenvolvimento da inteligência emocional foi a noção de inteligências múltiplas. Este conceito foi apresentado em meados da década de 1970 por Howard Gardner, introduzindo a ideia de que a inteligência era mais do que apenas uma habilidade geral.
Entretanto, foi só em 1985 que o termo “inteligência emocional” foi usado pela primeira vez na tese de doutorado do pesquisador norte-americano Wayne Payne. Em 1987, em artigo publicado na Mensa Magazine, Keith Beasley usa o termo “quociente emocional”.
Em 1990, os psicólogos Peter Salovey e John Mayer publicaram um artigo marcante, chamado “Emotional Intelligence“, na revista Imagination, Cognition and Personality. Eles definiram inteligência emocional como “a capacidade de monitorar os próprios sentimentos e emoções e os dos outros, discriminá-los e usar essas informações para guiar o pensamento e as ações de alguém”.
Em 1995, o conceito de inteligência emocional foi popularizado após a publicação do livro Emotional Intelligence: Why It Can Matter More Than IQ, de Daniel Goleman, lançado no Brasil sob o título Inteligência emocional: A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente.
O tópico da inteligência emocional continuou a capturar o interesse público desde então e se tornou importante em campos fora da psicologia, incluindo educação e negócios.
Indivíduos emocionalmente inteligentes são altamente conscientes de seus próprios estados emocionais, até mesmo das emoções negativas, como frustração e tristeza, sendo capaz de identificá-los e gerenciá-los. Eles também estão especialmente sintonizados com as emoções que os outros experimentam, uma vez que têm a habilidade da empatia bem desenvolvida.
O interesse em ensinar habilidades socioemocionais tem crescido nas últimas décadas. Na verdade, o objetivo de iniciativas que ajudam a desenvolver a inteligência emocional não se limita a melhorar a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas, mas também ajudar os alunos a terem sucesso acadêmico e enfrentarem situações de bullying.
A autoconsciência, ou a capacidade de reconhecer e compreender suas próprias emoções, é uma habilidade crítica da inteligência emocional. Além de apenas reconhecer suas emoções, no entanto, autoconsciência significa estar ciente do efeito de suas ações, humores e emoções nas outras pessoas.
Para se tornar autoconsciente, você deve ser capaz de monitorar suas próprias emoções, reconhecer diferentes reações emocionais e, então, identificar corretamente cada emoção particular. Os indivíduos autoconscientes também reconhecem as relações entre as coisas que sentem e como se comportam.
Além de estar ciente de suas próprias emoções e do impacto que você exerce sobre os outros, a inteligência emocional exige que você seja capaz de controlar e controlar suas emoções. Isso não significa bloquear as emoções e esconder seus verdadeiros sentimentos, mas simplesmente esperar o momento e o lugar certos para expressá-los. A autorregulação consiste em expressar suas emoções de maneira adequada.
Aqueles que são qualificados em autorregulação tendem a ser flexíveis e se adaptar bem às mudanças. Eles também são bons no gerenciamento de conflitos e na difusão de situações tensas ou difíceis.
Ser capaz de interagir bem com os outros é outro aspecto importante da inteligência emocional. Ter fortes habilidades sociais permite que as pessoas construam relacionamentos significativos com outras pessoas e desenvolvam uma compreensão mais forte de si mesmas e dos outros.
A verdadeira compreensão emocional envolve mais do que apenas compreender suas próprias emoções e as dos outros. Você também precisa ser capaz de colocar essas informações em prática em suas interações e comunicações diárias.
Empatia, ou a capacidade de entender como os outros estão se sentindo, é um componente essencial da inteligência emocional. Mais do que apenas ser capaz de reconhecer os estados emocionais dos outros, a empatia envolve a maneira como você responde às pessoas com base nessas informações.
Quando você sente que alguém está se sentindo triste ou sem esperança, como você reage? Você pode tratá-los com cuidado e preocupação redobrados, ou pode fazer um esforço para animá-los.
Ser empático também permite que você entenda a dinâmica de poder que costuma influenciar as relações sociais, especialmente em ambientes de trabalho. Isso é importante para orientar suas interações com diferentes pessoas que você encontra a cada dia.
A motivação intrínseca é outra habilidade importante da inteligência emocional. Pessoas emocionalmente inteligentes são motivadas por coisas que vão além das recompensas externas, como fama, dinheiro, reconhecimento e aclamação.
Em vez disso, elas têm paixão por satisfazer suas próprias necessidades e objetivos internos. Aqueles que são competentes nesta área tendem a ser orientados para a ação. Eles definem metas, têm grande necessidade de realizações e estão sempre procurando maneiras de fazer melhor. Eles também tendem a ser muito comprometidos e são bons em tomar iniciativas.
A inteligência emocional pode ser aplicada de muitas maneiras diferentes em sua vida diária. Algumas maneiras diferentes de praticar a inteligência emocional incluem:
Apesar da saúde humana começar a declinar conforme as pessoas vão envelhecendo, existe uma característica que só fica melhor com a idade: a inteligência emocional. Uma pesquisa, publicada pela revista Social, Cognitive and Affective Neuroscience, mostrou que a inteligência emocional do ser humano chega ao seu ápice próximo aos 60 anos.
Os cientistas analisaram as reações de um grupo de 144 participantes, de 20 a 60 anos, a uma série de clipes de diferentes emoções. No final do estudo, as pessoas que mais conseguiram recriar e contextualizar as imagens exibidas foram aquelas de mais de 50 anos.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.
Saiba mais