Estudo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) divulgado em 12 de setembro mostrou que 54,4% dos cidadãos da região usaram a internet em 2015, 20 pontos percentuais a mais que em 2010, crescimento impulsionado principalmente pela navegação via celular.
O percentual de usuários de internet em relação ao total da população de América Latina e Caribe cresceu 10,6% ao ano entre 2000 e 2015, o que permitiu reduzir a brecha existente com os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) — passou de uma diferença de 37,2 pontos percentuais em 2010 para 25,2 pontos em 2015.
O documento mostrou que o número de lares conectados à internet na região subiu 14,1% anualmente nos últimos cinco anos, atingindo 43,4% do total dos lares em 2015, valor que quase duplicou desde 2010.
No entanto, há grande diferença nos níveis de acesso entre os países da região. Dos 24 analisados em 2015, três tinham uma penetração nos lares menor de 15% (Nicarágua, El Salvador e Guatemala); 15 estavam entre 15% e 45%; três entre 45% e 56% (entre eles o Brasil, com 56%) e apenas Chile, Costa Rica e Uruguai chegavam a 60%.
Segundo o relatório, o acesso a conexões de banda larga aumentou fortemente no período analisado, particularmente na modalidade móvel, que passou de 7% para 58% da população entre 2010 e 2015.
Em 2010, o percentual de pessoas com acesso à banda larga fixa e banda larga móvel era praticamente o mesmo. Mas, na comparação com os patamares do ano passado, o número de assinaturas móveis subiu 802,5% em cinco anos e o de conexões fixas, 68,9%.
O país com maior penetração da banda larga móvel em relação ao total da população é a Costa Rica, com 95,5%. A penetração da banda larga móvel é de 88,6% no Brasil, segundo o documento.
Enquanto em 2010 o custo de contratar um serviço de banda larga fixa de 1Mbps ficava em torno de 18% da renda média mensal, no início de 2016 esse número caiu para 2%. A acessibilidade também aumentou significativamente para os usuários de dados pré-pagos. Em vários países, esses planos com vigência de 30 dias têm custos inferiores a 2% da renda, destacou o relatório.
Apesar desses avanços, persistem problemas relacionados com a qualidade (velocidades de conexão) e a desigualdade no acesso (diferenças segundo a localização geográfica e a situação socioeconômica da população), segundo o documento.
Segundo o documento, nenhum país da região tem ao menos 5% de suas conexões com velocidades maiores de 15Mbps, enquanto nos países avançados esse percentual é de 50%.
Além disso, observa-se nos países de América Latina e Caribe uma diferença de até 41 pontos percentuais da penetração da internet entre áreas urbana e rurais, o que mostra importantes desigualdades na região. Em termos de renda, a expansão do acesso concentrou-se “nos locais mais ricos, aumentando a distância em relação aos mais pobres”, apontou o relatório.
Leia aqui o relatório completo.
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