O termo internet das coisas se refere a todo tipo de objeto ou aparelho que pode se conectar com outros por meio da internet ou de conexões wireless
A internet das coisas, que vem do inglês “internet of things” (IoT), é o termo usado para determinar todo e qualquer objeto que tenha acesso à internet. Esses aparelhos costumam se conectar com outros que já são conhecidos pelo uso do meio digital, como celulares e tablets.
A premissa básica do conceito de internet das coisas é que, quando os aparelhos tecnológicos são conectados, eles conseguem receber informações, analisá-las e depois criar uma ação. Essa ação realizada pelo objeto com internet vai ajudar um indivíduo a fazer uma tarefa ou aprender algo novo.
Apesar de não ser uma ideia nova, a internet das coisas só começou a ganhar força nos últimos tempos devido à evolução da tecnologia. Isso porque a indústria da tecnologia já conta com chips de internet baratos e pequenos e redes wireless. Ao adicionar sensores a pequenos objetos, é possível elevar o nível de inteligência de aparelhos que funcionam totalmente sem internet.
Mas por que adicionar internet em objetos que não precisam dela para funcionar? Além de melhorar a inteligência e a funcionalidade do aparelho, é possível que esses objetos se comuniquem com as informações de seu dono. Assim, ele passa a trabalhar de uma forma que gere uma experiência personalizada ao seu usuário.
Exemplos de aparelhos da Internet das coisas
Praticamente qualquer aparelho pode fazer parte do mundo da internet das coisas. Desde que seja construído com esse intuito, o objeto pode se conectar à internet para ser controlado pelo seu usuário ou para comunicar informações importantes. Alguns dos principais exemplos de internet das coisas são:
Casa: smart TV, termostatos, geladeiras e fechaduras inteligentes;
Vestuário: todo e qualquer tipo de acessório de vestir, como smartwatch e fones de ouvido sem fio;
Saúde: alguns hospitais já trabalham com prontuários inteligentes, que registram qualquer interação no estado clínico do paciente;
Agricultura: sensores que monitoram a temperatura, umidade do solo e do ar e os sistemas de irrigação.
É importante frisar que um objeto só faz parte da internet das coisas quando se espera que ele não tenha esse acesso wireless comumente. Ou seja, um celular não é um aparelho IoT porque já se espera que ele tenha acesso a outros aparelhos e a internet.
Padronização da internet das coisas
Acredita-se que a padronização da internet das coisas é necessária para a sua evolução. Isso se dá pelo fato de que a falta de padronização de produtos impede que diversos tipos de aparelhos consigam se conectar sem nenhuma interferência.
Segundo o Institute of Electrical and Electronics Standards Association, já existem inúmeras empresas trabalhando na padronização de seus produtos IoT. Para alcançar esse objetivo, as empresas de tecnologia precisam criar seus próprios sistemas de internet das coisas.
Ou seja, é preciso que cada sistema seja padronizado com objetos diferentes que conseguem comunicar entre si. Para isso, esses negócios terão que criar linhas de produtos que podem se interligar com facilidade, como smart TVs que têm o mesmo sistema IoT que geladeiras, rádios ou fechaduras.
Origem da internet das coisas
O conceito de adicionar sensores e inteligência a objetos do dia a dia começou a ser discutido em torno dos anos 1980 e 1990. Porém, a tecnologia da época não era o suficiente para transformar aparelhos em objetos inteligentes, devido ao custo da tecnologia e ao seu funcionamento.
Na época, começaram a surgir alguns pequenos projetos da internet das coisas, como máquinas de conveniência conectadas com a internet. No entanto, ainda era preciso esperar alguns anos de evolução da tecnologia para conseguir chegar aos aparelhos IoT de hoje.
A adoção de chips wireless que usam menos energia, as etiquetas RFID, ajudou a resolver alguns problemas da internet das coisas. Além de ter melhorado o acesso à internet móvel e redes wireless. Outro passo importante foi a adoção do IPv6, que permitiu que qualquer objeto no mundo tivesse acesso a um endereço IP.
O termo “Internet das coisas” surgiu no ano de 1999, mas só uma década depois foi colocado em prática. Um dos primeiros aparelhos da internet das coisas surgiu quando empresas passaram a adicionar chips de RFID em peças caras, com intuito de que seu usuário soubesse a localização do objeto.
Promessas da internet das coisas
A internet das coisas promete conectar cada vez mais aparelhos no mundo todo. Uma análise tecnológica, feita pela empresa IDC, mostrou que vão existir mais de 41.6 bilhões de aparelhos conectados até 2025. A indústria da internet das coisas também tem encarado uma maior adoção na venda de casas e de produtos de vestuários inteligentes.
Desta forma, acredita-se que a internet das coisas vai ganhar mais espaço na sociedade com o avanço da chamada Revolução Industrial 4.0. Logo, os mais diversos aparelhos estarão conectados à internet com intuito de tornar a vida do ser humano mais fácil. De guarda-roupas até máquinas de lavar, a internet das coisas promete um futuro conectado em todos os âmbitos.
Prós e contras da internet das coisas
Um dos principais grupos beneficiados pela internet das coisas são as empresas de comércio. Ao fazerem uso de tecnologia IoT, esses produtores podem ter acesso a informações de seus próprios produtos e usuários. Assim, podendo trabalhar constantemente na melhoria de sua mercadoria.
A internet das coisas também oferece uma gama de benefícios para os seus consumidores. Ao comprar fechaduras inteligentes ou um sistema de segurança conectado à internet, o indivíduo pode manter sua casa bem observada e segura sempre que precisar. Além disso, geladeiras e outros eletrodomésticos IoT também oferecem facilidade de realizar tarefas do dia a dia.
Além de questões residenciais, o uso de automóveis elétricos ou a criação de cidades inteligentes pode auxiliar a humanidade a desenvolver tecnologias eco-friendly, e reduzir a emissão de gases poluentes.
No entanto, nem tudo são rosas. A maior preocupação dos usuários deste tipo de tecnologia é o roubo de informações e dados. Isso porque, as empresas responsáveis por aparelhos IoT têm acesso às informações compartilhadas nessas tecnologias. Ou seja, algumas delas têm acesso a câmeras, dados pessoais e gravações de voz.
Apesar de algumas empresas afirmarem que esses dados não são vendidos ou trocados com ninguém, existem organizações que trabalham com a venda de dados de seus usuários. Para entender melhor, leia: “Privacidade na internet: saiba proteger seus dados”.