Intolerância à lactose é a incapacidade que algumas pessoas têm de quebrar a lactose, um tipo de açúcar natural presente no leite e em seus derivados, como queijo e iogurte. Uma pessoa se torna intolerante à lactose quando seu intestino delgado para de produzir a enzima lactase, responsável por digerir e quebrar a lactose. Nesses casos, a lactose não digerida passa para o intestino grosso, que é onde aparecem os problemas.
As bactérias que normalmente estão presentes no intestino grosso interagem com a lactose não digerida e causam sintomas como dores, inchaço abdominal, gases e, em alguns casos, diarreia. A intolerância à lactose é muito comum em adultos, especialmente aqueles com ascendência asiática, africana e hispânica. A condição não é séria, mas pode ser desagradável.
Os sintomas gastrointestinais causados pela intolerância à lactose geralmente aparecem entre 30 minutos e duas horas após a ingestão de leite ou outros laticínios. Para quem tem intolerância à lactose, a melhor forma de evitar o desconforto é não comer esses alimentos ou tomar medicamentos que contenham a enzima lactase antes da ingestão de produtos lácteos.
Os sintomas de intolerância à lactose geralmente ocorrem entre 30 minutos e duas horas após a ingestão de leite ou laticínios. Os sintomas podem incluir:
Os sintomas podem variar de leves (gases) a graves (diarreia), dependendo de quanta lactose foi consumida e qual a quantidade de lactase que o corpo da pessoa consegue produzir.
Existem três tipos principais de intolerância à lactose, cada um com diferentes causas:
Este é o tipo mais comum de intolerância à lactose. A maioria das pessoas nasce com lactase suficiente, já que a enzima é necessária para que os bebês consigam digerir o leite materno. Porém, a quantidade de lactase que uma pessoa produz pode diminuir com o tempo. Isso ocorre porque, à medida que as pessoas envelhecem, elas têm uma dieta mais diversificada e dependem menos do leite. O declínio da lactase é gradual. Este tipo de intolerância à lactose é mais comum em pessoas com ascendência asiática, africana e hispânica.
Doenças intestinais, como doença celíaca e doença inflamatória intestinal, uma cirurgia ou uma lesão no intestino delgado também podem causar intolerância à lactose. Os níveis de lactase podem ser restaurados se o distúrbio subjacente for tratado.
Em casos muito raros, a intolerância à lactose é hereditária. Um gene defeituoso pode ser transmitido dos pais para os filhos, resultando na ausência completa de lactase na criança. Isso é conhecido como intolerância à lactose congênita.
Nesse caso, o bebê será intolerante até ao leite materno. Esses bebês terão diarreia assim que o leite humano ou uma fórmula contendo lactose for introduzido. Se não for reconhecida e tratada precocemente, a condição pode ser fatal, já que a diarreia pode causar desidratação e perda de eletrólitos. A condição pode ser tratada facilmente dando ao bebê uma fórmula infantil sem lactose em vez de leite, mas sempre com suporte médico.
Ocasionalmente, um tipo de intolerância à lactose, denominado intolerância à lactose do desenvolvimento, ocorre quando um bebê nasce prematuro. Isso ocorre porque a produção de lactase no bebê começa mais tarde na gravidez, após pelo menos 34 semanas.
Se você está tendo cólicas, inchaço e diarreia depois de beber leite ou comer e beber produtos lácteos, procure orientação médica para fazer um teste de intolerância à lactose. Os testes de confirmação medem a atividade da lactase no corpo. Esses testes incluem:
Um teste de intolerância à lactose é um teste de sangue que mede a reação do seu corpo a um líquido que contém altos níveis de lactose.
Este teste é feito com mais frequência em bebês e crianças. Ele mede a quantidade de ácido láctico em uma amostra de fezes. O ácido láctico se acumula quando as bactérias no intestino fermentam a lactose não digerida.
Um teste de hidrogênio expirado mede a quantidade de hidrogênio em sua respiração após consumir uma bebida rica em lactose. Se o seu corpo for incapaz de digerir a lactose, esse processo ficará a cargo das bactérias do seu intestino.
O processo pelo qual as bactérias decompõem açúcares como a lactose é chamado de fermentação e é o que libera hidrogênio e outros gases. Esses gases são absorvidos e eventualmente exalados. Se você não estiver digerindo totalmente a lactose, o teste do hidrogênio expirado mostrará uma quantidade maior do que o normal de hidrogênio na respiração.
Atualmente não há como fazer o corpo produzir mais da enzima digestora, a lactase. O tratamento para a intolerância à lactose envolve diminuir ou remover completamente os produtos lácteos da dieta, consumir produtos lácteos rotulados como “sem lactose” ou consumir lactase antes de comer itens lácteos, algo que deve ser feito sob orientação médica.
Muitas pessoas com intolerância à lactose podem beber até 1/2 xícara de leite sem apresentar nenhum sintoma. Produtos lácteos sem lactose também podem ser encontrados na maioria dos supermercados – lembrando, porém, que esses produtos na verdade tem adição de lactase e não propriamente a remoção da lactose. Além disso, nem todos os laticínios contêm muita lactose.
Intolerantes em geral ainda podem comer alguns queijos duros, como cheddar, suíço e parmesão, ou laticínios de cultura, como iogurte. Produtos lácteos com baixo teor de gordura ou desnatados normalmente também têm menos lactose.
A enzima lactase está disponível em cápsulas e comprimidos e pode ser tomada antes do consumo de laticínios. A versão em gotas também pode ser adicionada a uma caixa de leite.
Pessoas com intolerância à lactose e que não consomem leite ou produtos lácteos podem se tornar deficientes em cálcio, vitamina D, riboflavina e proteína. Por isso, recomenda-se aumentar a ingestão de outros alimentos naturalmente ricos em cálcio ou fortificados.
Os sintomas da intolerância à lactose desaparecerão se o leite e seus derivados forem removidos da dieta. Leia os rótulos dos alimentos com atenção para detectar ingredientes que possam conter lactose. Além do leite, preste atenção aos seus derivados, como:
Muitos alimentos que você não esperaria podem conter leite – ou seja, podem conter lactose. Exemplos incluem:
O leite e seus derivados são frequentemente adicionados aos alimentos processados – até mesmo alguns cremes corporais e medicamentos não lácteos podem conter laticínios e lactose. Dependendo do seu grau de intolerância, essas pequenas doses podem ser suficientes para causar desconforto.
A intolerância à lactose não pode ser evitada, mas é possível evitar seus sintomas com mudanças alimentares. Beber leite semi-desnatado ou desnatado também pode resultar em menos sintomas.
Os leites vegetais são uma boa opção, além de produtos cujo rótulo indica que são “sem lactose“. Esses produtos são cada vez mais comuns no mercado e apresentam pouca ou nenhuma diferença de sabor em relação aos lácteos originais.
Antes de fazer alterações drásticas em sua dieta, convém procurar orientação médica e o apoio de um/a nutricionista.
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