A intoxicação alimentar ou gastrintestinal é um problema de saúde causado pela ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias (Salmonella, Shigella, E. coli, Staphilococus, Clostridium), vírus (Rotavírus) e suas respectivas toxinas, fungos e componentes tóxicos encontrados em certos vegetais, além de produtos químicos. A infecção, que afeta o sistema digestório das pessoas, pode ser contraída durante a manipulação, preparo, conservação e armazenamento dos alimentos.
Comidas cruas e mal cozidas, incluindo carnes, aves, peixes, frutos do mar, frutas e verduras, podem conter grandes quantidades de micro-organismos nocivos e que se propagam facilmente para outras comidas e equipamentos, fenômeno chamado de contaminação cruzada. Esses germes passam dos alimentos para o ser humano, seja pelo consumo direto de alguma comida contaminada ou por meio do contato com objetos infectados. Comidas vencidas e que não foram refrigeradas corretamente são outra fonte de transmissão.
Independente do micro-organismo, os sintomas da intoxicação alimentar são parecidos: náuseas, vômitos, diarreia, febre, dor abdominal, cólicas e mal-estar. Nos quadros mais graves, podem ocorrer desidratação, perda de peso e queda da pressão arterial.
Normalmente, a intoxicação alimentar dura de um a três dias, podendo se prolongar por até uma semana, de acordo com o tipo de micro-organismo, a severidade da infecção e a condição de saúde geral do indivíduo afetado. A maioria das pessoas se recupera totalmente dentro de uma semana.
Nós já ouvimos muitas coisas relacionadas a germes na comida, porém, grande parte desse tipo de informação não passa de “balela”. Saber o que é mito e o que é verdade pode te ajudar a evitar uma intoxicação alimentar.
Mito. O meio ambiente possui uma grande quantidade de germes, principalmente o solo onde pisamos, que é cheio deles. Por isso, não pense que se sua barrinha de chocolate ou de cereal cair no chão e você a pegar rapidamente (antes de cinco segundos), ela estará livre de germes. Cinco segundos é tempo suficiente para eles se apropriarem do seu lanchinho e te proporcionarem complicações futuras. Por isso, fique atento e não caia mais na ilusão de que está tudo bem só porque foram alguns poucos segundos que a comida ficou no chão.
Mito. As pessoas pensam que congelar um alimento fará com que ele permaneça livre de germes, mas isso não é verdade. O que acontece é que a baixa temperatura dificulta sua reprodução, aumentando a vida útil dos alimentos. Porém, há bactérias, como a Salmonella e a Listeria, por exemplo, que podem sobreviver mesmo em baixas temperaturas. O interessante seria lavar sua geladeira pelo menos uma vez por semana e não deixar frutas e vegetais próximos das carnes.
Verdade. Quando você compra seus alimentos, é possível que já tenha o hábito de guardá-los já lavados. E quanto ao fato de secá-los? Se a sua resposta para essa pergunta foi negativa, sabia que secar os alimentos antes de guardá-los reduz as chances dos germes se instaurarem. Então, não se esqueça de deixar os alimentos lavados bem secos antes de guardá-los – e certifique-se de que o pano com o qual você vai secar tudo esteja limpo.
A prevenção de intoxicações alimentares está associada ao saneamento básico, aos cuidados no preparo dos alimentos e a medidas básicas de higiene, como lavar as mãos antes das refeições, por exemplo.
Coloque os alimentos frios na geladeira assim que chegar com as compras – e sempre guarde carne, peixe e laticínios cobertos e na parte mais fria. Se não for consumir as proteínas no mesmo dia, o ideal é congelar. A carne deve ser descongelada apenas na hora do preparo e precisa ser bem cozida antes do consumo para garantir que todos os micro-organismos nocivos sejam eliminados. Usar tábuas de corte diferentes para alimentos crus ou já cozidos também ajuda a prevenir a disseminação de micro-organismos.
Muitos alimentos contaminados não apresentam sinais da presença de micro-organismos – sua aparência, gosto e cheiro continuam absolutamente normais mesmo quando já estão “passados”. Essa é uma das grandes dificuldades quando se fala em prevenir intoxicação alimentar.
Fontes: Brightnest, Como manter a comida livre de bactérias e Intoxicação Alimentar
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