A intoxicação por chumbo ocorre quando ele é inalado ou ingerido. O chumbo é um metal encontrado naturalmente, contudo as atividades humanas podem causar um desequilíbrio em suas concentrações no meio ambiente.
Inicialmente, a intoxicação por chumbo pode ser de difícil identificação. Mesmo pessoas que parecem saudáveis podem ter níveis elevados de chumbo no sangue. Os sinais e sintomas geralmente não aparecem até que quantidades perigosas se acumulem e são diferentes dependendo da faixa etária do paciente.
Em crianças, os sintomas incluem:
Em adultos, podem ocorrer os seguintes sintomas:
Níveis elevados de chumbo no sangue podem causar:
A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) classificou os compostos de chumbo inorgânicos como provavelmente cancerígenos para os seres humanos.
É importante ressaltar que o chumbo não se decompõe com o tempo e nem é degradado pelo efeito do calor. Ele possui a capacidade de se acumular no organismo, especialmente nos rins, fígado, ossos e partes do sistema nervoso central. Além disso, gestantes e crianças são mais suscetíveis à intoxicação por chumbo.
Desde a década de 70, o consumo de chumbo aumentou significativamente nos países em desenvolvimento. Um dos efeitos desse alto consumo é a poluição e contaminação das águas, do solo e do ar.
O chumbo está presente na poluição atmosférica graças à queima de combustíveis fósseis e às indústrias que empregam a fusão de chumbo em seus processos de fabricação. Até os anos 90, a adição de chumbo tetraetila (CTE) para aumentar a octanagem da gasolina era comum em vários países, de modo que os automóveis eram considerados a maior fonte de poluição do ar por chumbo.
No Brasil, o CTE foi banido da gasolina em 1989. No entanto, grande parte da contaminação por chumbo nos solos ainda pode ser atribuída a seus usos no passado.
A contaminação do meio ambiente com chumbo pode decorrer, ainda, de acidentes e da destinação inadequada de resíduos. Essa substância é capaz de persistir no solo e no fundo de rios a longo prazo. Como consequência disso, há acumulação de chumbo ao longo das cadeias alimentares: os animais do topo da cadeia acumulam altos teores de chumbo à medida que se alimentam de seres contaminados, podendo desenvolver problemas de saúde.
Algumas medidas podem ser tomadas para evitar o contato com o chumbo. Quando for comprar um produto cosmético, como batons, esmaltes ou tintas para o cabelo, certifique-se que não haja chumbo na composição do produto e busque marcas reconhecidamente confiáveis.
Parte das intoxicações crônicas por chumbo ou outros metais pesados derivam da exposição ocupacional. Portanto, nahora de pintar a casa, procure se informar se a tinta possui algum traço de chumbo no seu processo de fabricação. Nunca utilize soldas a base de chumbo, já que o elemento pode ser lixiviado pela água e acabar sendo ingerido futuramente. Mantenha-se sempre informado sobre os perigos do uso do chumbo e de outras substâncias nocivas à saúde e ao meio ambiente.
O chumbo é um elemento químico de número atômico 82, massa atômica 207,2 e pertencente ao grupo 14 da Tabela Periódica. Ele caracteriza-se por ser um metal pesado, tóxico e maleável.
Em temperatura ambiente, o chumbo é encontrado no estado sólido, com coloração branco-azulada e, em contato com ar, torna-se acinzentado. Em sua forma elementar, o chumbo raramente é encontrado na natureza. Assim, é mais comum encontrá-lo em minerais como galena, anglesita e cerusita.
Além disso, o chumbo apresenta características como:
O termo chumbo deriva da palavra latina plumbum, que significa pesado. Esse elemento químico foi descoberto na Antiguidade e é mencionado no livro de Êxodo: “Ao sopro de vosso hálito o mar os sepultou; submergiram como chumbo na vastidão das águas”.
Uma estatueta encontrada no templo de Osíris, no Egito, é considerada o fragmento de chumbo mais antigo, com data de criação em 3.800 a.C.. O processo de fundição desse metal, provavelmente, foi iniciado na China em aproximadamente 3.000 a.C..
Posteriormente, os fenícios começaram a produzir o metal em 2.000 a.C.. No Império Romano, foram construídos encanamentos com chumbo e que ainda permanecem no local. A partir de 700 a.C., os germânicos iniciaram a exploração desse elemento. No início do século XVII foi a vez da Grã-Bretanha fundir o chumbo.
Em seu estado puro, o chumbo raramente é encontrado na natureza, já que existe uma quantidade pequena desse elemento na crosta terrestre. Quando encontradas, as fontes de chumbo geralmente estão na forma de composto mineral. O chumbo apresenta diversos tipos de utilidades, sendo encontrado em inúmeros produtos, tais como:
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