O inverno é uma das quatro estações do ano. Seu início é marcado pelo solstício, que ocorre no dia 21 de dezembro dando início ao inverno no Hemisfério Norte (inverno boreal), e no dia 21 de junho no Hemisfério Sul (inverno austral). Considerado a estação mais fria, o inverno é caracterizado por ter baixas temperaturas, dias mais curtos e noites mais longas, precipitações na forma de neve em algumas regiões e queda na umidade relativa do ar.
O inverno no Brasil começa dia 21 de junho e termina dia 22 ou 23 de setembro e conta com períodos pouco chuvosos, temperaturas amenas e tempo seco. Dessa maneira, a umidade relativa do ar fica mais baixa nesse período, o que pode intensificar alguns problemas respiratórios, principalmente nos locais com altos índices de poluição.
Solstício é um fenômeno astronômico que representa o momento em que o Sol atinge maior declinação em latitude em relação à linha do Equador. Isso faz com que um dos dois Hemisférios receba maior incidência dos raios solares do que outro durante um período do ano. Quando a intensidade solar é maior em um dos Hemisférios, caracteriza-se o solstício de verão. Por outro lado, quando a intensidade solar é menor, caracteriza-se o solstício de inverno.
Dessa maneira, quando é solstício de verão no Hemisfério Norte, o Sol incide perpendicularmente sobre o Trópico de Câncer. Já quando é solstício de verão no Hemisfério Sul, o Sol incide perpendicularmente sobre o Trópico de Capricórnio.
O solstício ocorre em dois momentos do ano, marcando o início do inverno e do verão. O verão inicia-se em 21 de junho no Hemisfério Norte e em 21 de dezembro no Hemisfério Sul. Por outro lado, 21 de junho é o começo do inverno no Hemisfério Sul e 21 de dezembro no Hemisfério Norte.
No inverno, as temperaturas são mais baixas no Hemisfério Norte do que no Hemisfério Sul. Isso acontece porque o Hemisfério Norte possui uma ampla extensão de superfícies emersas, que proporcionam um valor de albedo elevado.
Em termos geográficos, o albedo representa a relação entre a quantidade de luz refletida pela superfície terrestre e a quantidade de luz recebida do Sol, afetando diretamente a temperatura de equilíbrio da Terra.
Quanto mais reflexiva for uma superfície, maior o valor do albedo. Superfícies muito brancas, como com neve recém precipitada, refletem uma fração muito alta da radiação recebida, possuindo um grande albedo. Por outro lado, superfícies mais escuras, como água, florestas ou asfalto, absorvem uma fração muito alta da radiação recebida, possuindo um pequeno albedo.
A rotação refere-se ao movimento que a Terra faz em torno de seu próprio eixo em um ciclo de aproximadamente 24 horas. Já o movimento de translação está associado ao movimento que a Terra faz ao redor do Sol, com duração de cerca de 365 dias. Os movimentos de rotação e translação estão relacionados, respectivamente, com a definição dos dias e das noites e a existência das estações do ano.
Em alguns momentos ao longo do movimento de translação, a Terra inclina-se em relação ao Sol, fazendo com que os raios solares incidam de maneira desigual nos Hemisférios Norte e Sul. Como resultado, surgem as estações do ano, marcadas pelos fenômenos astronômicos conhecidos como solstícios e equinócios.
Durante o inverno, várias árvores perdem suas folhas para manter somente o que é necessário à sua sobrevivência. Raízes, troncos e galhos são mantidos com recursos para que, dentro de alguns meses, as sementes possam germinar e continuar a dar frutos e flores. Ainda, algumas culturas só se desenvolvem em climas frios, como o trigo, a cevada e a aveia.
O resfriado é, provavelmente, a infecção viral mais comum entre as pessoas – e, sim, ele aparece com mais frequência nas estações mais frias, como o outono e o inverno.
A questão é: pegar “friagem” pode deixar você doente? Existe uma relação, mas ela não é tão simples como parece. A friagem (termo popular para definir um choque térmico) por si só não é a causa da doença, mas o tempo frio facilita o contágio. Uma das razões para isso é que as pessoas tendem a se aglomerar em ambientes fechados durante essa estação do ano, e os vírus que provocam gripes e resfriados são facilmente transmissíveis de uma pessoa para outra.
Algumas espécies de vírus, incluindo o rinovírus, o culpado mais frequente do resfriado comum, e o influenza, responsável pela gripe, permanecem infecciosos por mais tempo e se replicam mais rapidamente em temperaturas mais frias. É por isso que esses vírus se espalham mais facilmente no inverno.
A forma como o seu sistema imunológico responde durante o inverno é, também, muito importante. A inalação de ar frio pode afetar adversamente a resposta imunológica do trato respiratório, o que torna mais fácil a propagação de vírus.
Outro fator que contribui para a maior frequência de resfriados em estações frias é que a maioria das pessoas recebe menos luz do sol no inverno. Isso é um problema, porque o sol é uma importante fonte de vitamina D, essencial para a saúde do sistema imunológico. Além disso, a atividade física, que também aumenta a imunidade, tende a ser negligenciada durante o inverno.
A principal consequência do aquecimento global está relacionada com um aumento na repetição e intensidade de eventos climáticos extremos, tais como enchentes, tempestades, furacões e secas.
A América do Sul, por exemplo, possui trocas frequentes de calor e frio com a Antártida ao longo do ano: o continente sul-americano encaminha ar quente e o continente antártico devolve massas de ar polares. Essas trocas acontecem em sentido horário, mas o aumento da temperatura local no Brasil e outros países pode afetar essa regularidade.
Os anos estão contando com períodos extremamente quentes. Esse desequilíbrio térmico provoca uma maior frequência de ondas de frio: se a América do Sul envia mais calor para a Antártida, ela devolve com mais frio. Por isso, frentes frias mais intensas podem se tornar comuns em todos os países.
“O planeta está mais quente em decorrência das ações antropogênicas (influência humana). E um planeta mais quente gera mudança na circulação atmosférica. Com isso, esses padrões de alteração geram eventos extremos que podem ser uma onda de calor, uma onda de frio, uma chuva intensa, estiagens severas, entre outros eventos”, explicou o geógrafo e climatologista Francisco Eliseu Aquino, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul ao Greenpeace Brasil.
“Quando é outono, inverno, em especial no inverno, a Antártica está esfriando e os ventos de oeste que circundam ao redor dela ajudam a manter seu isolamento formando massas de ar mais frias. Um planeta mais quente gera influência intensificando e fortalecendo as altas pressões semipermanentes subtropicais do hemisfério sul, o que abre uma oportunidade para que a Antártica inicie um isolamento antecipado”, continuou o especialista.
Isso explica a comum questão de céticos sobre as mudanças climáticas: se estamos no aquecimento global, porque os invernos estão cada vez mais frios?
E, embora essas mudanças possam ser notadas em todo o país, a região sul do Brasil é um ótimo exemplo para esse fenômeno. Em geral, o Brasil é um país tropical em que a neve não é tão propícia. Porém, devido ao agravamento do aquecimento global e os consequentes eventos climáticos, a neve é comum no sul do país, podendo ser observada durante o inverno em estados como o Rio Grande do Sul.
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