Criado em 1988 pela Organização Mundial de Meteorologia (WMO) e pelo Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (UNEP), o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) é um órgão científico sob os cuidados das Nações Unidas (ONU). Ele não conduz pesquisas ou coleta dados, mas analisa as informações científicas, técnicas e socioeconômicas mundiais, para compreender as mudanças climáticas, e produz relatórios especiais sobre o tema de tempos em tempos.
Como o IPCC é um painel intergovernamental, ele está aberto a todos os países membros da ONU e da Organização Mundial de Meteorologia. Ele possui atualmente 195 países inscritos. Assim, ele recebe a contribuição voluntária de cientistas de todo o mundo, para participarem como revisores, autores e contribuidores na elaboração dos relatórios.
Essas pesquisas submetidas pelos cientistas podem ser aceitas, adotadas e aprovadas após análise e revisão. Isso acontece a fim de criar uma balanceada e rigorosa base de dados científicos sobre a mudança do clima.
A estrutura do IPCC é dividida em cinco partes. Enquanto as principais decisões são tomadas por uma assembleia de representantes dos governos, as revisões e relatórios do IPCC são efetuados por três grupos de trabalho.
Além desses três grupos, há ainda a “Força Tarefa de Inventários Nacionais de Gases de Efeito Estufa”, que desenvolve e define uma metodologia para calcular e reportar a emissão dos gases de efeito estufa.
Para produzir seus relatórios, o IPCC conta com a contribuição de inúmeros cientistas e especialistas. Enquanto alguns desenvolvem, outros revisam o relatório do IPCC. Em 2007, foi publicado o relatório “Mudança Climática 2007”, o Quarto Relatório de Avaliação (AR4). Ele está disponível em quatro partes:
O Quinto Relatório de Avaliação (IR5) do IPCC também foi publicado em quatro partes, sendo que a última delas, uma síntese geral, saiu em 2014. Segundo o IPCC, a principal causa do aquecimento presente é a emissão de gases estufa pelas atividades humanas, com destaque para a emissão de gás carbônico.
O Sexto Relatório (AR6) do IPCC, publicado em 2023, relata as consequências do aumento de gases do efeito estufa ao redor do mundo e destaca a urgência de tomarmos atitudes eficazes contra as mudanças climáticas. Ele também revela que, em alguns lugares, os impactos ambientais são tão graves que é impossível se adaptar a eles. Isso porque os impactos da crise climática estão mais severos do que se esperava. Assim, o relatório destaca a importância do fim do uso de combustíveis fósseis e implantação de medidas de adaptação.
No Sexto Relatório, alertou-se que as respostas atuais para o aumento da temperatura média do planeta são inadequadas. Também evidenciou-se a escassez de financiamento às iniciativas de combate às mudanças climáticas. Além disso, destacou-se a importância de ações que podem ser tomadas pelos setores de energia, agricultura e transporte. Da mesma forma, foi mencionada a importância das mudanças de hábitos de consumo e estilo de vida dos indivíduos.
No intervalo entre os relatórios, o IPCC já produziu relatórios especiais, como o intitulado “O oceano e a criosfera em um clima em mudança“. Além disso, também foram produzidos relatórios metodológicos. Estes últimos definem ou refinam metodologias para realizar o inventário de gases do efeito estufa.
O website do IPCC possui todas as informações disponíveis até agora sobre os relatórios já feitos, o próximo relatório e os relatórios especiais que estão em andamento.
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