Potência nos ramos petrolífero e nuclear, o Irã também se tornou referência na produção de gás natural. O país chegou à marca de segunda maior reserva do mundo, perdendo apenas para Rússia.
Além disso, também se tornou, em 2011, líder em veículos movidos a gás natural, com cerca de 2,9 milhões de automóveis em circulação, superando o Paquistão, antigo primeiro colocado.
Enquanto sob regime de sanções internacionais relacionadas a seus projetos de energia nuclear, o país continuará dependente do gás natural. Mesmo com grandes reservas de petróleo, as condições do país em refinar gasolina estão abaixo de suas necessidades.
Para os cidadãos iranianos, o gás natural se tornou mais uma questão ambiental do que um problema econômico. O combustível é barato e acessível à população.
Por conta do alto índice de poluição detectado da região de Teerã, o governo iraniano resolveu implementar um combustível “limpo” no país.
Segundo a Companhia Iraniana de Refinaria e Distribuição de Combustível, subsidiária da companhia de petróleo estatal, os planejadores do governo encontraram uma solução nas redes de gasoduto do país.
Pressão externa
O gás natural também foi de grande ajuda para contrabalancear a pressão de outros países à economia do Irã. Por conta do investimento inadequado em refinarias de petróleo, o país foi obrigado a refinar parte de seu óleo cru na Europa para atender a demanda de gasolina da população iraniana. Porém, em julho, a União Européia proibiu a venda de gasolina para o país e o gás natural suavizou as consequências.
Os motoristas podem fazer trajetos por menos de um centavo de dólar por quilômetro rodado utilizando combustíveis alternativos por preços subsidiados. A gasolina é muito mais cara para os padrões iranianos, mas ainda barata quando comparada a países ocidentais: quatro litros custam menos de US$ 1.
Cerca de 40% da frota de veículos iranianos está adaptada ao gás natural, porém, com a falta de planejamento, os postos de abastecimento não conseguem atender a demanda e a fila de espera pode chegar a duas horas.
Cada posto recebe 1,2 mil veículos, número superior ao do Paquistão, onde cada posto atende 856 veículos.
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