As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram a ação de despejar água do mar nos túneis abaixo da Faixa de Gaza, uma medida que tem preocupado os cientistas devido ao risco de contaminação do aquífero responsável pela maior parte do abastecimento de água na região.
As FDI iniciaram a operação de inundação dos túneis construídos pelo Hamas como parte de sua estratégia. A iniciativa, que começou no final de janeiro, foi descrita pela FDI como um avanço tecnológico e de engenharia significativo, com locais de inundação selecionados para minimizar o comprometimento das águas subterrâneas.
No entanto, especialistas em recursos hídricos alertam para as potenciais consequências devastadoras dessa ação. Além de ameaçar ainda mais o já escasso suprimento de água doce em Gaza, há receios de danos estruturais e riscos para os reféns ainda mantidos pelo Hamas desde outubro de 2023.
Os túneis, descritos como uma complexa rede de passagens subterrâneas, são fundamentais para as atividades do Hamas, incluindo armazenamento de armas e manutenção de reféns. No entanto, a inundação desses túneis representa uma ameaça adicional à segurança hídrica da região, uma vez que pode contaminar o aquífero costeiro, fonte de 80% da água que abastece Gaza.
O debate sobre os efeitos potenciais das inundações destaca a crise de água já existente em Gaza, onde apenas uma pequena parte da população tem acesso a água potável. Medidas como a dessalinização da água do mar têm sido implementadas, mas enfrentam desafios significativos devido à falta de energia e outras infraestruturas adequadas.
Após o fim do conflito, Israel e Gaza precisarão colaborar para desenvolver soluções sustentáveis para o fornecimento de água na região. Iniciativas como geradores de água atmosférica movidos a energia solar oferecem uma esperança para um futuro mais seguro e resiliente em termos hídricos.
Fonte: Scientific American
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