A jardinagem é uma prática simples e que pode trazer diversos benefícios. Além do resultado palpável, que pode ser um belo jardim, uma flor que desabrocha na sua plantinha ou um alimento orgânico de sua própria produção, a jardinagem também pode ajudar a combater ansiedade e depressão, melhorar a atenção e até os seus níveis de vitamina D, caso você tenha um espaço ensolarado para plantar.
Uma revisão de estudos analisou 22 pesquisas sobre os efeitos da jardinagem e concluiu que a prática ajuda a promover redução da depressão, da ansiedade e até do índice de massa corporal, além de trazer um aumento da satisfação com a vida, da qualidade de vida e do senso de comunidade.
A jardinagem foi especialmente benéfica para pessoas que participaram de grupos em que a técnica foi usada como método terapêutico, abordagem usada pelos profissionais de Terapia Ocupacional. Isso porque a jardinagem oferece uma abordagem indireta de sintomas, que acabam sendo combatidos aos poucos, conforme o paciente desenvolve habilidades de concentração e foco.
Três estudos avaliaram os entrevistados pouco antes e depois de atividades experimentais de jardinagem de curto prazo (confira os estudos: 1, 2 e 3). Esses estudos mostraram que mesmo exercícios de curta duração (algumas horas) nos jardins podem fornecer uma influência benéfica instantânea na saúde. Alguns exemplos constatados foram reduções nos sintomas de depressão e ansiedade, embora não se saiba quanto tempo duram os resultados positivos após a jardinagem.
O contato com a terra parece ser uma das razões para essa melhora na saúde mental. Um estudo da Universidade de Bristol, no Reino Unido, mostra que o contato com uma bactéria presente na terra e no o húmus (um dos resultados da compostagem) funciona como um antidepressivo, diminui alergias, dor e náusea.
A sensação de bem-estar trazida pela jardinagem também foi constatada em um estudo da Universidade de Princeton. Os pesquisadores mediram os níveis de felicidade de praticantes de jardinagem doméstica, comparando com outras atividades de lazer cotidianas, como sair para jantar ou andar de bicicleta. Eles perceberam que o cultivo de vegetais trouxe mais satisfação que a jardinagem ornamental, provavelmente por conta da sensação de recompensa trazida pela possibilidade de comer um alimento que você mesmo cultivou.
Dentre as 15 atividades de lazer analisadas, a jardinagem ficou entre as 5 mais satisfatórias apontadas pelos participantes, sendo estatisticamente igual a andar de bicicleta, caminhar e comer fora. Além dos jardineiros de hortaliças, o incremento na sensação de bem-estar também se mostrou maior para jardineiros de baixa renda e para as mulheres. O estudo conclui que a jardinagem pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos moradores de cidade e que poderia ser incluída nos planos de urbanização e saúde pública.
Incluir a jardinagem na sua rotina é mais fácil do que pode parecer. Você não precisa de muito espaço e pode começar com um vasinho pequeno, depois ir ampliando seu jardim, conforme pegar gosto pela prática. Suculentas e algumas espécies ornamentais, como a espada-de-são-jorge ou o singônio, são ótimas opções para começar: elas não precisam de muitos cuidados e se dão bem em vários climas e ambientes.
Se você pegar gosto pelas plantas, pode começar uma horta orgânica e cultivar seus próprios alimentos em casa. Quem tem mais espaço pode ir ampliando o jardim e variando os cultivos. Mas também é possível construir hostas verticais que não exigem muito espaço ou participar de uma horta urbana no seu bairro.
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