A palavra karma pertence ao sânscrito, antigo idioma indiano, e se traduz como “ação”. Apesar de ter seus fundamentos em crenças orientais, como hinduísmo, budismo e jainismo, o karma é um conceito adotado por outras religiões ao redor do mundo. No entanto, o seu verdadeiro significado é banalizado pelo uso excessivo da palavra.
O karma significa ação e se refere ao ciclo infinito de causa e efeito gerado pelas atitudes, pensamentos, falas e comportamentos de cada indivíduo. Cada ação tomada por um ser vivo tem efeito em sua vida, seja no futuro próximo ou na próxima vida.
Mas essa “ação” não é determinada apenas por atitudes visíveis, e sim por pensamentos, crenças, ideologias e falas. Ou seja, se você fizer uma doação para uma organização de caridade apenas com o intuito de parecer uma boa pessoa e não porque realmente se importa, o seu karma não vai ser positivo.
Quando a ação tomada foi fundamentalmente boa e trouxe felicidade para o atuante e as pessoas ao seu redor, o karma é chamado de positivo, construtivo e virtuoso. Porém, se a atitude causou dor e miséria, o karma leva o nome de negativo, destrutivo e não-virtuoso. Isso significa que futuramente ele irá colher resultados ruins em sua vida.
A lei universal do karma tem diversas camadas que explicam as consequências futuras de uma ação. Um dos primeiros níveis do karma é o individual, tudo que você fizer em sua vida vai ter um resultado, seja nessa existência ou na próxima. Para além disso, existe a camada plural, ou seja, tudo que um grupo de pessoas fizer em conjunto nesse momento, vai ter um efeito no futuro.
Mas as consequências desses atos não ficam reservados para um futuro tão próximo. Um exemplo mais próximo das religiões ocidentais, como o cristianismo, é a ideia de céu e inferno. Nessa realidade, tudo que a pessoa fizer em sua vida de bom e de ruim será levado em conta após a morte. Assim, se o indivíduo tiver ações negativas, ele vai para o inferno, mas se ele tiver ações positivas, ele pode ir para o céu.
No hinduísmo o conceito de karma é um pouco diferente. Para essa religião, ter um karma positivo ou negativo não dita para onde você vai depois de morrer, e sim como vai ser sua próxima vida. Logo, alguém que abusa de seu poder na Terra para ter atitudes criminosas e que causam miséria e dor, vai experienciar sofrimento e injustiças em sua próxima vida.
Desta forma, você pode entender que as pessoas que sofrem muito e são gentis e boas, já foram ruins em sua origem anterior. Aqueles que são ruins e só se dão bem estão aproveitando dos benefícios de uma vida passada de karma positivo, que vai acabar assim que ele partir para a próxima existência.
Segundo o budismo, o universo não é responsável por sair distribuindo punições de acordo com o karma de cada pessoa. Na verdade, Buda pregava que ele não criou o sistema de causa e efeito, ele apenas observou e notou que era assim que as coisas funcionavam.
O karma se aplica em diversas áreas da existência humana. Principalmente quando se trata do amor. Muitos gostam de aplicar o conceito em sua vida amorosa para entender suas escolhas de parceiros e a realidade de suas relações.
Por isso, é possível dizer que dentro do amor o karma tem as mesmas características do que na vida como um todo. Isto é toda ação tem a sua reação, e por assim dizer, tudo que você fez anteriormente relacionado ao amor — seja nessa vida ou em outras — vai ter um efeito em seus futuros relacionamentos.
O dharma é uma palavra em sânscrito para “missão de vida”, mas também pode ser conhecida como lei cósmica. Dentro do budismo, o dharma é tido como os ensinamentos de Buda para alcançar a paz divina e a compreensão da natureza.
Religiões como o budismo e o hinduísmo ligam termos como karma e dharma, pois um complementa o outro. Isso significa que o karma é um ensinamento do dharma, que tem certa importância para que as pessoas aprendam como a vida é e saibam quais atitudes tomar.
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