Kelp: algas marinhas com grande poder nutricional

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Kelp é uma classe de algas marinhas com ótimas propriedades nutritivas e capazes de prover diversos benefícios para a saúde e as plantações humanas. Isso acontece porque ele é um vegetal marinho que possui inúmeros elementos importantes para o organismo e atua como um fertilizante natural.

Para que serve a kelp?

Grande parte do benefício alimentar e da eficácia como fertilizante se devem aos minerais presentes nas algas kelp. Elas são ricas em oligoelementos, como ferro, vanádio, silício, zinco e boro. Só para se ter uma ideia, há mais oligoelementos nesses vegetais do que no sal marinho não refinado. Além disso, elas são abundantes em iodo, importante para o funcionamento da glândula tireoide, que controla diversos processos metabólicos no corpo.

Por isso, muitas vezes são comercializadas como kelp iodine

Alguns desses minerais são pouco encontrados no organismo humano, apesar da grande importância que possuem para o nosso desenvolvimento. Certos componentes presentes nas algas podem até ser usados como fontes medicinais. O iodo, por exemplo, ajuda a restaurar a função da tireoide permitindo melhora do metabolismo e perda rápida de peso. Além de possuírem grandes quantidades de minerais, as kelp também contém vitaminas B6, C, E, K e D, cálcio e magnésio.

Acredita-se, também, que o tipo de fibra encontrado nessas algas pode ajudar na perda de peso. Essa fibra ajuda na sensação de saciedade, fazendo com que menos calorias sejam consumidas, causando bem estar.

Vitaminas: tipos, necessidades e horários de ingestão

O grande teor de açúcar presente nas algas kelp faz com que elas sejam até uma fonte viável para produção de álcool combustível. Elas também podem ser usadas como suplementos para humanos e animais e, como adubo, as algas repõem minerais e estimulam o crescimento de microrganismos.

Consumo de kelp

Apesar de seus enormes benefícios para a saúde humana, o consumo exagerado de kelp pode aumentar a quantidade de iodo no organismo, o que desregula a tireoide. Além disso, como qualquer corpo marinho, o kelp pode absorver metais pesados e poluentes oriundos do mar.

Por isso, consulte sempre um especialista, como um nutricionista, e siga corretamente o modo de consumo dessas algas e o prazo de validade indicado. Além disso, é necessário mantê-las em temperatura ambiente e manter fora do alcance de crianças e animais.

É importante ressaltar que se aparecer algum efeito colateral e persistirem os sintomas, um médico deverá ser consultado.

Velocidade de reprodução das algas kelp

As algas kelp são um tipo de alga marinha que podem alcançar 90 metros de comprimento. Seu crescimento é um dos mais rápidos entre as plantas aquáticas, podendo atingir meio metro por dia, resultando na formação de florestas de kelp. Essas florestas podem ser encontradas nas águas pouco profundas da maioria dos oceanos.

A velocidade de reprodução das algas kelp depende de uma série de fatores, incluindo a temperatura da água, a quantidade de luz solar e a disponibilidade de nutrientes. Em geral, elas crescem mais rapidamente em águas quentes e com muita luz solar.

As algas kelp são muito importantes para o ecossistema marinho, pois fornecem alimento e abrigo para uma variedade de animais aquáticos, como peixes, crustáceos e moluscos. Elas também ajudam a filtrar a água do oceano, removendo poluentes e nutrientes.

As algas kelp podem ajudar a aliviar a acidificação dos oceanos?

Diversos pesquisadores especulam que as algas kelp podem proteger os ecossistemas costeiros, ajudando a aliviar a acidificação causada pelo excesso de carbono atmosférico sendo absorvido pelos mares.

Uma análise interdisciplinar buscou investigar mais a fundo o potencial das algas para a mitigação da acidificação. As descobertas da equipe mostram que perto da superfície do oceano, o pH da água era ligeiramente mais alto, ou menos ácido, sugerindo que o dossel das algas reduz a acidez. No entanto, esses efeitos não se estenderam ao fundo do oceano, onde moram sensíveis corais de água fria, ouriços e crustáceos, e a maior acidificação ocorreu.

Uma das principais conclusões para mim é a limitação dos benefícios potenciais da produtividade das algas“, afirma Heidi Hirsh, pesquisadora do Stanford’s School of Earth, Energy & Environmental Sciences e líder do estudo.

Foto de Jack Drafahl por Pixabay

Projetando uma solução baseada na natureza

Embora este projeto analise o potencial da alga marinha para mudar o ambiente local em curto prazo, ele também abre as portas para a compreensão dos impactos de longo prazo. Um exemplo disso é a capacidade de cultivar ‘carbono azul‘, o sequestro subaquático de dióxido de carbono.

Uma das razões para fazer isso é permitir o projeto de florestas de kelp que podem ser consideradas como uma opção de carbono azul“, disse o co-autor Stephen Monismith, professor emérito na Stanford University. “Entender exatamente como as algas funcionam mecanicamente e quantitativamente é muito importante.”

Mesmo que o potencial de mitigação das florestas de kelp no dossel não tenha alcançado os organismos sensíveis no fundo do mar, os pesquisadores encontraram um ambiente geral menos ácido dentro da floresta de kelp, em comparação ao entorno dela. Os organismos que vivem no dossel ou podem se mover para dentro dele têm maior probabilidade de se beneficiar do alívio da acidificação local das algas.

Equipe eCycle

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