A lagartixa, lagartixa-de-parede ou lagartixa-doméstica-tropical é um tipo de lagarto da espécie Hemidactylus mabouia nativo do sul da África, mas que também está presente em partes da América do Sul e do Norte. Comumente encontrado em lares brasileiros, esse réptil de hábitos noturnos é inofensivo e pode trazer benefícios.
A sua dieta constituída majoritariamente de insetos ajuda no controle de pestes de casa, como aranhas, baratas e mariposas.
O animal pequeno de olhos grandes pode variar de dois a 12 centímetros dependendo de sua idade, pesando de quatro a cinco gramas. Para se camuflar, a lagartixa muda de cor, podendo variar entre marrom escuro e tons de branco, cinza e até rosa.
A expectativa de vida de uma lagartixa pode variar entre três a cinco anos. Além das casas humanas, a espécie arbórea e terrestre habita árvores e é solitária e territorial.
As lagartixas são carnívoras, que se alimentam de insetos (insetívoros) durante a noite. Em áreas urbanas, esses predadores se adaptaram para caçar perto de luzes artificiais — que atraem insetos voadores.
De acordo com especialistas, o inseto mais consumido pela lagartixa é a barata. Entretanto, esses animais também se alimentam de artrópodes não voadores de forma oportunista como aranhas, isópodes, gafanhotos e centopéias, besouros e mariposas. Desse modo, esse réptil é uma forma de controle de pestes natural, ajudando no equilíbrio do habitat urbano.
A lagartixa-doméstica-tropical tem um ciclo reprodutivo durante todo o ano, botando apenas dois ovos por ninhada, com até sete ninhadas por ano. Em climas tropicais, a sua reprodução é favorecida durante os meses de agosto e dezembro, mas pode ocorrer em qualquer data pela capacidade das fêmeas em armazenar esperma. A força atrativa dos machos da espécie está em sua habilidade de fazer sinais vocais para as fêmeas, além de seus feromônios.
Os ovos da lagartixa possuem um tempo de incubação de 22 a 68 dias e os filhotes não precisam de cuidado paterno por serem parte de uma espécie solitária.
Não há uma estimativa geral da população mundial de lagartixas. Entretanto, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN na sigla em inglês), esta espécie é classificada como menos preocupante na Lista Vermelha.
A lagartixa possui mecanismos de defesa contra predadores. Além de sua camuflagem, o animal é capaz de vibrar a sua cauda como uma distração. Quando se sentem ameaçadas, essas espécies podem soltar suas caudas e depois regenerá-las.
Os predadores da lagartixa são aranhas, cobras e aves. Além disso, como esses animais estão presentes em ambientes domésticos, eles também são ameaçados por cachorros, gatos, outros animais de estimação e seres humanos.
O ato de extermínio de lagartixas exercido por seres humanos é desnecessário, uma vez que a espécie não é invasiva (embora introduzida no Brasil) e não oferece nenhum tipo de ameaça ao ser humano. O “conhecimento” popular de que a lagartixa possui veneno não é real, e como já mencionado, a sua presença em lares pode ser benéfica por consumirem pragas nocivas.
Apesar de não estarem ameaçadas de extinção e de serem classificadas como espécies menos preocupantes na Lista Vermelha da IUCN, as lagartixas não devem ser exterminadas ou contidas. Esses animais selvagens são inofensivos e oferecem um papel importante dentro do ecossistema terrestre.
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