A lâmpada fluorescente é um item comum nas residências e locais de trabalho por ser uma opção eficiente e econômica se for comparada com a lâmpada quente comum. Porém, há um aspecto negativo nessa escolha, o interior das lâmpadas fluorescentes contêm mercúrio, substância muito perigosa para a nossa saúde.
Em comparação com as lâmpadas incandescentes, existem pontos positivos e negativos. A eficiência energética, a potência da lâmpada e o tempo de vida das fluorescentes são superiores. No entanto, esse tipo de lâmpada pode se quebrar facilmente e, por conta do mercúrio, seu descarte torna-se muito complicado.
O mercúrio ainda tem a companhia do chumbo na composição da lâmpada fluorescente. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o valor máximo de mercúrio que pode estar concentrado em uma unidade é de 100 miligramas de mercúrio por quilo do resíduo. O contato com a substância em níveis mais altos pode gerar sérios problemas de saúde.
O maior problema acontece quando a substância é inalada, ainda mais se a quantidade de mercúrio elementar for grande, o que pode causar problemas neurológicos e até hidrargirismo (intoxicação que causa tosse, dispnéia, dores no peito e outros problemas mais graves).
No meio ambiente, quando o mercúrio é despejado de maneira irregular em rios, por exemplo, ele volatiza e passa para a atmosfera, causando chuvas contaminadas. Pode acontecer também de micro-organismos absorverem o mercúrio, tornando-o orgânico em vez de metálico. Animais aquáticos e plantas podem reter o mercúrio e assim contaminar o meio ambiente sem que exista chance de descontaminação.
O mercúrio é liberado ao longo de duas semanas após seu descarte. Só nos Estados Unidos, são liberadas na natureza entre duas e quatro toneladas de mercúrio anualmente.
Apesar da longa vida útil, a lâmpada fluorescente pode quebrar. Se isso acontecer, é preciso estar atento a alguns cuidados. Antes de limpar a área, a primeira coisa a fazer é retirar do local as crianças e os animais, além de não deixar que ninguém toque o material.
Ventilar o ambiente também é importante. Por isso, janelas e portas precisam ser abertas o mais rápido possível. Para retirar os cacos, espere a poeira baixar (literalmente), use luvas e os coloque em um recipiente que possa ser lacrado para limpar os pequenos pedaços em pó. Use fitas adesivas e papel toalha umedecido para limpar os últimos resíduos que podem passar despercebidos.
Se a lâmpada fluorescente quebrou em cima de roupas de cama ou qualquer outro tipo de material que tenha contato direto com o corpo, o material não deve mais ser usado, mesmo depois de limpo! No caso de corte, procure assistência médica o mais rápido possível.
Como já falamos antes, esse tipo de lâmpada é perigoso por causa dos componentes químicos que libera, então o primeiro passo é proteger o rosto. Para isso, use uma máscara de pano ou papel.
Evite o contato dos cacos e do pó com qualquer parte do seu corpo. Use luvas de borracha e muito cuidado.
Não só a gente, como também o catador de lixo pode se machucar. Portanto, alguns cuidados com o descarte dos cacos são importantíssimos. Coloque os cacos em cima de um pano velho ou flanela, e feche bem.
Em seguida, coloque a trouxa dentro de uma garrafa PET cortada ao meio (utilize a metade de cima para tampá-la). Para visualizar melhor esse processo, acesse a matéria: “Como descartar vidro quebrado?”.
Não deixe que este material seja levado para aterros comuns! Muitas embalagens deste tipo de lâmpada avisam se o produto é reciclável. Para achar locais que aceitam lâmpada fluorescente, acesse a seção de busca de Postos de Reciclagem do Portal eCycle, selecione “lâmpada” e encontre o local mais próximo de você.
A reciclagem do material consiste em retirar o mercúrio da lâmpada fluorescente, eliminando-se a possibilidade de contaminação humana e do meio ambiente. E, por isso, o descarte de lâmpadas fluorescentes deve ser bem direcionado e cuidadoso.
A lâmpada de LED é uma alternativa ainda mais reciclável, com menor impacto ambiental, enquanto apresenta longa vida útil e alta eficiência energética. Confira a matéria “LED: a lâmpada reciclável e seus benefícios”.
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