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A lavagem climática, também conhecida como climate-washing, é uma estratégia de marketing empresarial que falseia uma imagem de comprometimento com a luta contra as mudanças climáticas

Lavagem climática, em inglês climate-washing, é uma estratégia empresarial de capitalização da eco-ansiedade por meio de marketing que falseia uma imagem de comprometimento com a luta contra as mudanças climáticas

O climate-washing, pode ser compreendido como um tipo de greenwashing, traduzido literalmente como “lavagem verde”. Ela é uma prática desonesta que envolve a promoção de iniciativas de sustentabilidade que não são significativas ou eficazes. 

Essa estratégia faz parte de uma lista de diversas práticas empresariais que prejudicam o meio ambiente. Confira mais sobre os outros tipos de greenwashing:

  1. Greenhushing: um tipo de greenwashing camuflado?
  2. Greenlabelling: o greenwashing escondido em rótulos
  3. Greencrowding: estratégia de greenwashing em grupo
  4. O que é greenlighting e por que você pode estar sendo enganado 
  5. Greenrising: as falsas metas verdes empresariais
  6. Greenshifting: empresas responsabilizam consumidores por impactos ambientais
  7. Woke-washing: pratica empresarial coloca humanidade em risco

Por que a lavagem climática é prejudicial?

O objetivo do climate-washing é capitalizar a crescente preocupação com as mudanças climáticas. Da mesma forma, ele visa melhorar a imagem pública das empresas, organizações e indivíduos envolvidos, sem realmente implementar medidas significativas para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) ou outras formas de impacto ambiental negativo.

Embora a lavagem climática possa enganar consumidores e investidores desinformados, ela é geralmente considerada desonesta e prejudicial à luta contra a crise climática. Isso porque desvia a atenção de soluções reais e sustentáveis.

Por isso, é importante que as empresas, organizações e indivíduos sejam transparentes em relação às suas práticas ambientais. Além disso, elas devem ser transparentes e implementar ações concretas para reduzir suas emissões de GEE e minimizar seu impacto ambiental.

Como ocorre a lavagem climática?

O climate-washing é praticado de várias maneiras pelas empresas e organizações. Entre as ações mais frequentes, destacam-se:

  • Comunicados de imprensa enganosos: uma empresa pode emitir um comunicado de imprensa anunciando um grande compromisso com a sustentabilidade, mas sem fornecer detalhes sobre como isso será alcançado ou quando. Ou, a empresa pode exagerar os efeitos positivos de suas iniciativas de sustentabilidade, minimizando as ações negativas que a empresa possa estar envolvida.
  • Marketing enganoso: as empresas podem criar campanhas publicitárias que destacam seus esforços de sustentabilidade, mas sem fornecer informações precisas ou significativas sobre como esses esforços reduzem a pegada de carbono da empresa. Por exemplo, uma empresa pode destacar o uso de energia renovável em seus produtos, mas não mencionar que sua produção ainda é altamente poluente.
  • Ausência de ação significativa: em alguns casos, as empresas podem anunciar metas de sustentabilidade, mas sem tomar medidas significativas para alcançá-las. Ou, eles podem adotar soluções padrão da indústria que, na verdade, têm pouco impacto na redução de emissões de carbono ou impacto ambiental.
  • Apresentação de certificados ou selos enganosos: algumas empresas podem apresentar certificados ou selos de sustentabilidade que são enganosos ou irrelevantes. Por exemplo, uma empresa pode apresentar um selo verde em seus produtos, mas o selo não tem um padrão reconhecido e não é verificável.
  • Desinformação: as empresas podem tentar minimizar a importância das mudanças climáticas ou promover desinformação sobre a ciência do clima. Isso pode incluir a promoção de ceticismo sobre as mudanças climáticas ou a minimização do impacto ambiental de seus produtos ou serviços.

Por que as empresas praticam lavagem climática?

As empresas praticam climate-washing por várias razões. Em primeiro lugar, a crescente preocupação com as mudanças climáticas tem aumentado a pressão sobre as empresas para se tornarem mais sustentáveis e reduzirem suas emissões de gases de efeito estufa. 

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Como resultado, os empresários se sentem compelidos a demonstrar publicamente seu compromisso com a sustentabilidade, a fim de melhorar sua imagem pública e manter a competitividade no mercado.

Além disso, algumas empresas podem estar preocupadas com a regulamentação ambiental futura ou com as implicações financeiras de não adotar práticas mais sustentáveis. Ao se engajarem em climate-washing, elas tentam antecipar e minimizar esses riscos.

No entanto, as empresas também podem praticar lavagem climática simplesmente porque é mais fácil do que implementar mudanças significativas em suas operações ou produtos. 

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Em vez de investirem em soluções de sustentabilidade reais e eficazes, empresários descompromissados podem preferir investir em relações públicas e marketing para melhorar sua imagem pública.

Independentemente dos motivos por trás do climate-washing, é importante lembrar que essa prática é desonesta. De forma paralela, ela prejudica muito a luta contra as mudanças climáticas. As empresas devem ser transparentes e implementar medidas concretas para reduzir sua pegada de carbono e proteger o meio ambiente.

Quais são os 7 sinais de climate-washing?

Existem várias maneiras pelas quais as empresas e organizações podem se envolver com práticas de lavagem climática. Entre os sete sinais mais comuns de climate-washing, estão:

  1. Anúncios de compromissos de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) que não têm prazo definido ou não são acompanhados de ações concretas para reduzir suas emissões.
  2. Destacar apenas as iniciativas de sustentabilidade bem-sucedidas sem mencionar quaisquer ações negativas para o meio ambiente que a empresa possa estar envolvida.
  3. Utilizar linguagem vaga ou imprecisa em relação às metas de sustentabilidade, tornando difícil para os consumidores avaliar se a empresa está realmente fazendo a diferença.
  4. Enfatizar iniciativas de sustentabilidade que são na verdade padrão da indústria, como o uso de energia renovável, em vez de implementar soluções inovadoras e eficazes de redução de emissões.
  5. Anunciar iniciativas de sustentabilidade que são pequenas em comparação com o impacto ambiental total da empresa, a fim de criar uma impressão positiva na mídia.
  6. Ignorar questões sociais e de governança relacionadas à sustentabilidade, como práticas trabalhistas injustas ou falta de transparência em relação à cadeia de suprimentos.
  7. Ignorar completamente as mudanças climáticas ou tentar minimizar sua importância em declarações públicas ou em seus produtos e serviços.

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