As lentes de contato são discos transparentes e curvos colocados na frente da córnea do olho com o propósito de corrigir condições oculares como a miopia, astigmatismo e hipermetropia. Elas podem ser feitas tanto de plástico como de vidro, sendo classificadas entre rígidas e gelatinosas.
Por outro lado, também existem lentes de contato coloridas, que são predominantemente utilizadas para fins estéticos. Em vez de corrigir a visão do indivíduo, ela funciona como um filtro colorido que é colocado em cima da íris, mudando-a de cor.
Em geral, a maioria das lentes de contato são rígidas e gelatinosas, que possuem características e benefícios distintos. Entenda:
As lentes de contato gelatinosas são, na maioria das vezes, feitas a partir de um plástico macio e maleável, que se adapta ao formato do olho. São tipicamente mais confortáveis que as lentes rígidas por conter mais água e, em alguns casos, também possuem fatores que contribuem para a proteção dos olhos contra raios UV.
Diferentemente das lentes rígidas, as lentes gelatinosas possuem uma menor duração, dependendo do material utilizado. Lentes de silicone, por exemplo, podem durar por algumas semanas ou até um mês, uma vez que propriamente higienizadas. Já algumas lentes de plástico são descartáveis e podem durar apenas um dia.
Em geral, todos os tipos de lentes gelatinosas são mais frágeis, podendo rasgar ou sofrer outros danos. Além disso, absorvem poluentes facilmente, como cremes e sabões, o que pode causar irritação nos olhos.
Como a maioria das lentes de contato, precisam ser higienizadas e armazenadas corretamente para evitar possíveis infecções, enquanto as descartáveis precisam ser descartadas do modo correto.
Como indicado pelo seu nome, as lentes de contato rígidas são feitas a partir de um material mais resistente, tipicamente de polímeros de silicone, que permitem a circulação de oxigênio para a córnea do olho. Possuem longa durabilidade, podendo ser utilizadas todos os dias por longos períodos.
Não são tão maleáveis quanto as lentes gelatinosas, portanto, permanecem em seu formato original. Para obter o máximo de conforto com as lentes rígidas, é necessário utilizá-las todos os dias.
Elas também possuem outras desvantagens, como:
Entre gelatinosas e rígidas, também existem tipos de lentes categorizadas a partir da durabilidades. São elas:
Outras lentes são categorizadas pelo seu propósito e tipo de problema de visão que precisa de correção:
De acordo com a Central Oftálmica, um par de lentes de contato pode variar entre R$ 50 a R$ 300, dependendo do material utilizado na sua confecção, propósito e durabilidade. Lentes descartáveis são mais baratas, enquanto as lentes de durabilidade de seis meses a um ano são mais caras.
Como já mencionado, a durabilidade das lentes de contato podem variar de apenas um dia para até um ano. Porém, isso afeta o preço e a qualidade do produto.
A decisão entre óculos ou lentes de contato pode ser difícil. Por isso, reunimos uma lista de prós e contras para cada alternativa. Confira:
Vantagens:
Desvantagens:
Vantagens:
Desvantagens:
Além disso, as lentes de contato nem sempre são adequadas para todos os tipos de pessoa. O uso de lentes não é recomendado para pessoas:
Fazer o uso incorreto de lentes de contato ou da solução utilizada para a sua higienização pode causar:
Seguir a indicação de oftalmologistas e outros profissionais de saúde é indispensável durante o uso de lentes de contato. No entanto, algumas dicas básicas sobre o cuidado com esses objetos podem ser o suficiente para evitar problemas.
Confira alguns cuidados com as lentes de contato:
Quer saber mais sobre como limpar as lentes de contato? Leia nossa matéria:
De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade da Arizona, todos os anos, mais de 2 bilhões de lentes de contato são descartadas incorretamente. A descoberta foi apresentada no 256º Encontro e Exposição Nacional da American Chemical Society (ACS) de 2018 e analisou a persistência e impacto desses objetos no meio ambiente.
Grande parte do descarte feito pela população é feito através do esgoto, seja pelo vaso sanitário ou pela pia. Portanto, para entender como as lentes corretivas interagem com esse meio, especialistas colocaram os objetos em tanques de tratamento de águas residuais cheios de microorganismos. A partir da análise, que variou entre 48, 96 e 172 horas, os cientistas concluíram que o material só começa a se deteriorar a partir da marca de 172 horas.
Isso significa que até 23 mil quilos de lentes podem se acumular no esgoto americano por ano. E, uma vez que até 55% dessas águas vão parar no solo, 11 a 12 mil quilos de fragmentos de lentes de contato contendo contaminantes acabam no solo americano anualmente — sem contar os materiais que acabam viajando até os corpos d’água do país.
“Depois que essas lentes secam, elas se tornam incrivelmente quebradiças e muito provavelmente se estilhaçarão em partículas muito pequenas”, disse Rolf Halden, diretor do Centro de Biodesign da ASU para Engenharia de Saúde Ambiental e um dos autores do estudo.
Após virarem microplásticos, as lentes são dispersadas para grande parte do meio ambiente. A sua remoção é complexa e quase impossível por conta de seu tamanho, o que contribui para a poluição atmosférica.
Na água, diversas pesquisas já comprovaram a sua ação na absorção de poluentes e outras substâncias tóxicas, também podendo transportar patógenos para o ambiente marinho e ameaçando o ecossistema local.
Nos EUA, já existe um programa de reciclagem de lentes de contato, patrocinado pela fabricante Bausch + Lomb e executado em parceria com a TerraCycle. Denominado de One by One, o programa espalhou lixeiras coletoras para as lentes e os blisters em que elas vêm embaladas em várias clínicas de oftalmologia dos Estados Unidos, em que é possível deixar seus resíduos desse tipo. No país, também é possível gerar etiquetas para enviar o material para o programa de reciclagem, de modo gratuito.
Contudo, no Brasil, a melhor opção é descartar suas lentes de contato usadas e respectivas embalagens no lixo comum (aquele que não é reciclável nem compostável), evitando que elas escapem para a natureza e garantindo ao menos que terminem seu ciclo de vida em aterros sanitários.
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