Em reunião durante os debates da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, em 21 de setembro, líderes mundiais sinalizaram um nível sem precedentes de atenção ao combate à disseminação de infecções resistentes a medicamentos.
Falando na reunião, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que a resistência a medicamentos é uma “ameaça fundamental e de longo prazo à saúde humana, à produção sustentável de alimentos e ao desenvolvimento”.
“Não é que isso vá ocorrer no futuro. É uma realidade presente — em todas as partes do mundo, nos países desenvolvidos e em desenvolvimento; nas áreas urbanas e rurais; nos hospitais, nas fazendas e nas comunidades”, disse Ban.
O secretário-geral da ONU também expressou preocupação com a perda de capacidade de proteger tanto as pessoas como os animais de infecções devido à resistência antimicrobiana, que ocorre quando bactérias, vírus, parasitas e fungos desenvolvem resistência aos remédios anteriormente capazes de exterminá-los.
“Mais de 200 mil recém-nascidos morrem a cada ano de infecções que não respondem aos antibióticos disponíveis”, disse Ban. “A resistência a drogas anti-HIV/AIDS está aumentando. Tuberculose amplamente resistente a medicamentos foi identificada em 105 países”, completou.
Líderes mundiais comprometeram-se a adotar uma abordagem abrangente e coordenada para combater as causas desse fenômeno em diferentes setores, especialmente na saúde humana, na saúde animal e na agricultura. Os países também se comprometeram a desenvolver planos de ação nacionais para o tema.
Em comunicado conjunto, a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) afirmaram que “tais planos são necessários para entender a escala total do problema e acabar com o mal uso de medicamentos na saúde humana, animal e na agricultura”.
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