O aterro sanitário da cidade californiana Altamont, nos Estados Unidos, é conhecido mundialmente por suas práticas sustentáveis e ecológicas. Uma das atividades mais interessantes realizadas no aterro é a transformação de lixos domiciliar, industrial e urbano em fontes de energia limpa, a energia do lixo. Foi um dos primeiros aterros do país a converter biogás em energia elétrica em 1987.
A empresa líder em tratamento de resíduos nos Estados Unidos é a Waste Management, responsável pelo aterro de Altamont. Com a quantidade certa de compostos necessários para produzir um combustível limpo, as bactérias acabam com os restos orgânicos, como sobras de comida, papel e grama.
A decomposição de resíduos gera gás metano, esse é sugado por tubos espalhados pelos 96 hectares do terreno. O metano vai diretamente para usinas que o transformam em gás liquefeito. Cerca de 100 mil poços com tubos escuros captam o gás metano produzido pela montanha de lixo, o que gera 49,4 mil litros de gás liquefeito por dia. Os 500 caminhões da Waste Management percorrem a cidade de Altamont utilizando essa nova fonte como combustível, no lugar do diesel.
A energia do lixo gerada é capaz de abastecer oito mil casas anualmente. E essa prática evita que cerca de 30 mil toneladas de CO2 sejam emitidas por ano na atmosfera.
No Brasil, há poucos aterros certificados e ainda não há notícias sobre uma usina que reaproveite gás metano no país neste nível. No entanto, com a tecnologia já desenvolvida, basta iniciativa para fazer do lixo uma fonte de energia renovável. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) incentiva esse tipo de processo, porém ainda faltam incentivos para os aterros brasileiros.
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