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Entenda sobre os problemas do lixo nuclear

O lixo nuclear é um resultado da eletricidade gerada a partir de reatores nucleares. Em média, os resíduos de um reator que supre as necessidades de uma pessoa por um ano inteiro são do tamanho de um tijolo. No entanto, embora extremamente concentrado e relativamente pequeno, é extremamente perigoso, podendo permanecer radioativo e nocivo para a saúde humana por milhares de anos.. 

Ele é dividido em três categorias de acordo com o nível de radioatividade contido em cada resíduo: baixo, intermediário e alto.

  • Baixo: representa 90% de todo o lixo nuclear produzido e é composto de materiais minimamente contaminados que contêm até 1% de radioatividade, como ferramentas e roupas de trabalho.
  • Intermediário: representa 7% de todo lixo produzido, contendo até 4% de radioatividade, como filtros usados, componentes de aço de dentro do reator e alguns efluentes do reprocessamento.
  • Alto: compõem 3% do lixo produzido, contendo 95% de radioatividade e é composto majoritariamente de combustível nuclear usado, que foi designado como resíduo das reações nucleares.

Todo o lixo nuclear produzido é de total responsabilidade de usinas nucleares, que encaminham os resíduos para o seu descarte correto.

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Como é descartado

Com o tempo, o lixo nuclear perde sua radioatividade através de um processo chamado decaimento radioativo. Ele depende da meia-vida radioativa, que indica o tempo que leva para que a radioatividade do material radioativo diminua para metade do seu tamanho original. 

Desse modo, o resíduo radioativo com uma meia-vida baixa permanece armazenado por pouco tempo e, então, descartado. Na maioria das vezes, o lixo nuclear de baixo nível é imediatamente enviado para eliminação em terra após ser embalado para gestão de longo prazo.

Já o lixo nuclear de alto nível é mantido em instalações de armazenamento úmido ou seco antes de seu descarte ou reciclagem. Esse resíduo é composto majoritariamente de combustível usado, portanto é quente e extremamente radioativo assim que é extraído dos reatores. Desse modo, ele precisa de um tempo para perder parte de seu calor e radioatividade. 

Contudo, o armazenamento desse tipo de lixo nuclear não é a única etapa de seu descarte. Em geral, o resíduo pode ser reciclado ou descartado completamente — selado em recipientes que são transferidos para túneis vedados com pedra e argila.

Imagem de Dan Meyers no Unsplash

Reciclagem

Felizmente, cerca de 97% do lixo de alta radioatividade pode ser reciclado e reutilizado, uma vez que é composto por aproximadamente 94% de urânio.

A reciclagem desses materiais foca na extração de urânio e plutônio, materiais que podem ser reutilizados em reatores convencionais. Muitos países, como a França e o Japão fazem uso da reciclagem para gerar eletricidade, além de reduzir a pegada radiológica do lixo nuclear.

Entretanto, a reciclagem possui alguns subprodutos (cerca de 4%) que devem ser devidamente descartados a partir de um processo de vitrificação, ou pelo descarte direto em conjunto com o resto do material nuclear não-reciclado. 

Perigos

A energia nuclear é liberada quando um núcleo de combustível nuclear se divide em dois em um reator. Entretanto, mesmo após essa divisão, a energia permanece sendo liberada — o que faz com que o lixo nuclear seja perigoso. 

Ele é tão perigoso, que um breve contato após a sua extração do reator pode levar à morte resultante de doses letais de radiação.

Com o tempo, o material radioativo perde a sua radioatividade, tornando-se menos perigosos. Porém, o processo que o transforma de radioativo para benigno pode levar milhares de anos. 

Manifestação
A polêmica sobre a geração de resíduos radioativos pela técnica do fracking nos Estados Unidos

Independentemente de sua fonte, materiais radioativos são compostos de produtos químicos altamente venenosos, como pelotas de plutônio e urânio. Assim, o seu descarte incorreto pode ameaçar tanto a saúde humana quanto o meio ambiente, possivelmente contaminando terras agrícolas, águas de pesca e fontes de água doce. 

Os perigos dos materiais radioativos podem ser exemplificados por dois desastres que ocorreram em usinas nucleares — Chernobyl (1986) e Fukushima (2011), que foram responsáveis ​​pela liberação de uma quantidade significativa de isótopos radioativos na atmosfera, gerando enormes consequências para as pessoas e o meio ambiente. (1)


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