Lua de sangue: o que deixa a lua vermelha?

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A lua de sangue é o nome não científico dado à aparência do satélite durante um eclipse lunar total em conjunto com o fenômeno conhecido como superlua. Apesar de parecer assustador, a Lua de sangue, na verdade, pode ser explicada por alguns fatores científicos básicos do universo. Para saber mais sobre esse evento, é preciso entender melhor como funciona o eclipse lunar total e a superlua.

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Superlua

A superlua é um evento que acontece de três a quatro vezes no ano, em que o satélite se encontra em sua fase cheia no ponto mais próximo da Terra — conhecido como perigeu. Apesar do crescimento da Lua não ser tão grande, ainda é possível notar uma pequena diferença a olho nu no seu tamanho durante ofenômeno.

 Eclipse lunar 

O eclipse lunar, no entanto, não é um fenômeno raro. Ele costuma acontecer mais de uma vez ao ano e é o resultado do alinhamento perfeito entre o Sol, a Terra e a Lua, em que o planeta se encontra no centro dos três corpos. Por isso, a Lua é ocultada pela Terra e os raios do sol não alcançam-a.

Uma sombra é projetada pela presença do planeta entre o Sol e o satélite, o que faz com que o eclipse lunar aconteça. É importante ressaltar que os eclipses lunares totais só acontecem durante a lua cheia, pois o satélite tem uma órbita levemente diferente da do Sol e da Terra. 

O acontecimento pode se mostrar de duas formas: como eclipse parcial ou total. No caso da Lua de sangue, apenas o total pode fazer com que haja o efeito das cores avermelhadas sob o satélite. 

O eclipse solar e o lunar são fenômenos diferentes, para entender melhor o primeiro, confira a matéria: “Eclipse solar: tipos e como prever

Por que a lua fica vermelha?

A lua vermelha só pode acontecer durante a superlua e o eclipse lunar total, pois ela precisa estar próxima o suficiente da Terra para receber os raios solares que passam pela atmosfera. 

Durante esse fenômeno, os três corpos se alinham, porém, o planeta Terra cobre todos os raios de Sol que iluminam a Lua e faz com que ela reflita em solo terrestre. Com o satélite preso na sombra da Terra, ele começa a receber alguns raios que escapam pela atmosfera fina e transparente do planeta. 

Assim como o céu é azul devido às partículas que habitam a atmosfera, a luz que chega na Lua é vermelha, laranja e marrom pelo mesmo motivo. Como os raios da luz azul são menos extensos, ela fica para trás no corpo celeste, mas, a luz vermelha, amarela e marrom  tem uma incidência maior, que alcança o satélite da Terra.

Por esse motivo a Lua ganha uma cor avermelhada durante o eclipse lunar total. Apesar da cobertura da Terra, os raios solares ainda fazem o seu caminho para a sua superfície. Além disso, nem sempre a Lua de sangue vai ser vermelha —  isso depende de quão densa estão as partículas da atmosfera, que podem  ficar mais próximas de um marrom ou um laranja claro.  

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Tétrade Lunar

O Tétrade Lunar também pode ser conhecido como Lua de sangue. Nesse caso, o termo é usado para se referir a um total de quatro eclipses lunares em um período de dois anos. A distância entre um eclipse e o outro é de pelo menos seis meses, com pelo menos cinco luas cheias sem eclipse entre eles. 

Normalmente, a cada três eclipses lunares, um deles é total e a cada cinco eclipses totais, quatro podem ser vistos de qualquer região da Terra em uma década. Isso significa que um tétrade lunar é um evento raro, o que pode impulsionar rituais, significados místicos e sincretismos religiosos ligados à Lua de sangue. 

Em 2014 e 2015, aconteceu um tétrade lunar, ou Lua de sangue. Quando esse fenômeno ocorreu, organizações religiosas ficaram inquietas com a ideia de que o fim do mundo estivesse perto. Afinal, existem passagens em livros como a bíblia que citam Luas de sangue como o fim dos tempos e o retorno de Jesus para esse mundo. 

A Lua de sangue dos caçadores

Na região norte das Américas, as noites de Lua cheia de outubro são chamadas de Lua de sangue. Isso porque esse é o período em que os caçadores se retiram para matar animais e preparar carne para o inverno – que começa em dezembro no hemisfério. 

Ana Nóbrega

Jornalista ambiental, praticante de liberdade alimentar e defensora da parentalidade positiva. Jovem paraense se aventurando na floresta de cimento de São Paulo.

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