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Entenda como o lúpus ocorre e quais são os possíveis tratamentos para a condição

O lúpus, também conhecido por seu nome científico, Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), é uma doença autoimune caracterizada por causar dor e inflamação em qualquer parte do corpo. Por ser uma condição autoimune, ela ocorre quando o sistema imunológico ataca seus próprios órgãos e tecidos. 

O ataque causa inflamação e, em alguns casos, danos permanentes nos tecidos, que podem ser generalizados. Ele se manifesta principalmente na pele, articulações, rins, pulmões, coração, células sanguíneas circulantes e no cérebro.

Devido a não possuir um local específico, o lúpus pode apresentar diversos sintomas diferentes, tornando-o uma condição de difícil diagnóstico. 

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Tipos de lúpus 

Existem quatro tipos específicos de lúpus, são eles: 

  • Lúpus sistêmico: sendo o mais comum dos quatro tipos da doença, é responsável por 70% dos casos de lúpus. Ele afeta vários órgãos e sistemas em todo o corpo e, portanto, é considerada a forma mais severa da condição. 
  • Lúpus discoide: limitada à pele. 
  • Induzido por drogas: uma doença semelhante ao lúpus causada por certos medicamentos prescritos ou drogas.
  • Neonatal: uma condição rara que pode ocorrer em filhos de mães com a doença. 

O que leva a pessoa a ter lúpus?

Não se sabe ao certo quais as causas do lúpus. Porém, uma das teorias envolve a morte celular — um processo natural do corpo humano, que ocorre no processo de renovação das células. 

Devido a fatores genéticos, o corpo das pessoas com lúpus pode não eliminar adequadamente as células que morrem. Assim, as células mortas que permanecem podem levar à produção de autoanticorpos, como os anticorpos antinucleares (ANAs), que atacam o corpo, causando sintomas de lúpus.

Além disso, como uma doença autoimune, pode resultar de uma combinação da genética e do ambiente. Acredita-se que algumas pessoas com predisposição hereditária para o lúpus podem desenvolver a doença quando entram em contato com algo no ambiente que pode desencadeá-la. Alguns fatores que podem causar a atividade da doença incluem: 

  • Luz solar: a exposição ao sol pode causar lesões cutâneas de lúpus ou desencadear uma resposta interna em pessoas suscetíveis.
  • Infecções: algumas infecções podem levar ao desenvolvimento da condição. 
  • Efeitos colaterais de medicamentos. o lúpus pode ser desencadeado de certos tipos de medicamentos para pressão arterial, anticonvulsivantes e antibióticos.

No entanto, pessoas que têm a doença induzida por medicamentos geralmente melhoram quando param de tomar a medicação. Raramente, os sintomas podem persistir mesmo após a interrupção do medicamento.

Fatores de risco

Qualquer pessoa pode desenvolver LES. Mas certas pessoas correm maior risco de desenvolver a condição, incluindo:

  • Mulheres de 15 a 44 anos;
  • Certos grupos raciais ou étnicos;
  • Pessoas que têm um membro da família com LES ou outra doença autoimune.

Quais são os primeiros sinais do lúpus?

Os primeiros sinais e sintomas do lúpus são geralmente iguais aos sintomas comuns da doença. Entretanto, o sintoma mais distinto envolve uma erupção facial que lembra as asas de uma borboleta se abrindo em ambas as bochechas – ocorrendo em muitos, mas não em todos os casos de LES.

Outros sintomas incluem: 

  • Fadiga;
  • Febre;
  • Dor nas articulações, rigidez e inchaço;
  • Lesões cutâneas que aparecem ou pioram com a exposição solar;
  • Dedos das mãos e dos pés que ficam brancos ou azuis quando expostos ao frio ou durante períodos estressantes;
  • Falta de ar;
  • Dor no peito;
  • Olhos secos;
  • Dores de cabeça, confusão e perda de memória;
  • Queda de cabelo. 
uma escova de cabelos repleta de fios, indicando um dos sintomas do lúpus
Foto de Towfiqu barbhuiya na Unsplash

Caracterização da doença 

De acordo com a American College of Rheumatology, existem 11 critérios que descrevem o LES. Tipicamente, o diagnóstico ocorre quando uma pessoa apresenta quatro ou mais dos seguintes fatores: 

  1. Erupção malar: a erupção em formato de borboleta, descrita anteriormente.
  2. Erupção cutânea discoide: manchas vermelhas em relevo se desenvolvem na pele.
  3. Fotossensibilidade: lesões na pele que aparecem em decorrência da exposição à luz solar. 
  4. Úlceras orais ou nasais.
  5. Artrite não erosiva: tipo de artrite que causa sensibilidade e inchaço.
  6. Pericardite ou pleurite: afeta o revestimento ao redor do coração (pericardite) ou dos pulmões (pleurite).
  7. Distúrbio renal: os testes mostram altos níveis de proteínas ou cilindros celulares na urina se uma pessoa tiver um problema renal, como nefrite lúpica.
  8. Distúrbio neurológico: uma pessoa pode sofrer convulsões, psicose ou problemas de pensamento e raciocínio.
  9. Distúrbio hematológico (sangue): o sangue pode apresentar uma contagem baixa de glóbulos vermelhos (anemia), uma contagem baixa de glóbulos brancos (leucopenia) ou uma contagem baixa de plaquetas (trombocitopenia).
  10. Distúrbio imunológico: testes mostram que existem anticorpos anti-DNA de fita dupla, anticorpos anti-Smith ou anticorpos antifosfolípides (APLs).
  11. ANA positivo: um teste detecta níveis elevados de ANA.

Tratamentos

O lúpus não possui cura, porém, alguns sintomas da condição podem ser tratados de acordo com o quadro do paciente. O objetivo do tratamento é minimizar os danos aos órgãos e o quanto a condição afeta a vida da pessoa. 

Entre alguns dos medicamentos usados no tratamento do lúpus estão: 

  • Hidroxicloroquina: um medicamento antirreumático que pode aliviar os sintomas do lúpus e retardar a sua progressão.
  • Anti-inflamatórios não esteroides: são vendidos sem receita médica e aliviam a dor e reduzem a inflamação. No entanto, é importante que esses medicamentos sejam indicados pelo profissional responsável pelo tratamento do paciente. 
  • Corticosteroides: medicamentos prescritos que reduzem a inflamação, como a prednisona
  • Imunossupressores: medicamentos que restringem o sistema imunológico e impedem que ele seja tão ativo. Eles podem ajudar a prevenir danos e inflamação nos tecidos.
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Lúpus em animais 

O tipo de lúpus conhecido como lúpus discóide, ou lúpus eritematoso discóide, é o tipo mais comum da condição em cães, raramente ocorrendo em gatos. A condição leva ao desenvolvimento de lesões e crostas na pele, mais comumente começando ao redor do nariz, além da perda de pigmentação da pele na área afetada.

Uma pesquisa realizada na Universidade Federal de Santa Catarina comprovou que o óleo de Cannabis pode ser usado no tratamento da doença. Neste contexto, um cão sem raça definida de dois anos de idade que sofria com a condição não estava respondendo ao tratamento padrão, o que levou ao tratamento com o óleo. 

Pesquisas anteriores mostraram que diferentes tipos de óleo de Cannabis podem reduzir a inflamação tanto em cães quanto em humanos, sem maiores efeitos colaterais. O grupo testou diferentes tipos de óleo, com ambos ativos da planta (CBD e THC), e concluiu que uma mistura de 3 para 1 CBD com THC funcionou melhor no tratamento do animal. 


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