A pesquisa revela que 31% dos pais de famílias de baixa renda no Reino Unido citam o custo como a principal barreira para o acesso à natureza
A instituição de caridade e conservação britânica, National Trust, divulgou os resultados de uma pesquisa destacando o desejo das crianças por mais tempo em contato com a natureza.
Segundo o levantamento conduzido em 1.000 crianças britânicas entre sete e 14 anos, juntamente com outros 1.000 pais, a acessibilidade emerge como a principal barreira, com impressionantes 63% dos pais relatando que conseguem levar seus filhos a ambientes naturais apenas uma vez por semana ou até menos.
A instituição considera como ideal uma caminhada de no máximo 15 minutos de distância de espaços verdes. Esta medida é defendida como essencial para a equidade de acesso à natureza.
Hilary McGrady, diretora geral do National Trust, expressou ao jornal The Guardian: “Os benefícios de garantir acesso à natureza são indiscutíveis, porém, esse acesso permanece desigual. Urge uma melhoria significativa no acesso a espaços verdes urbanos, equiparável ao apogeu visto na era vitoriana.”
Ela adiciona: “A interação precoce com a natureza tem um impacto profundo sobre os jovens, instigando-os a cultivar um cuidado pelo mundo natural e a tomar medidas para preservá-lo. Os formuladores de políticas devem assumir a responsabilidade de criar um plano a longo prazo para garantir que todos tenham acesso a esses espaços vitais.”
A pesquisa revela que 31% dos pais de famílias de baixa renda no Reino Unido citam o custo como a principal barreira para o acesso à natureza. Além disso, 76% das crianças expressaram o desejo de passar mais tempo ao ar livre, enquanto 56% anseiam por um acesso mais facilitado aos espaços verdes.
Apesar de não ser uma pesquisa brasileira, a análise também serve de parâmetro para melhorias em políticas públicas no Brasil.