O gerenciamento inadequado do lixo tem se tornado um problema econômico, ambiental e de saúde pública, com sete a dez bilhões de toneladas de lixo urbano produzidas a cada ano e três bilhões de pessoas ao redor do mundo sem acesso a locais apropriados de despejo. Alavancados pelo crescimento populacional, urbanização e aumento do consumo, esse volume possivelmente dobrará de tamanho em cidades de baixa renda da África e da Ásia até 2030, alerta o Panorama do Gerenciamento Global de Lixo, lançado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma) e pela Associação Internacional de Lixo Sólido nesta segunda-feira (07).
O diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner, afirmou que uma resposta para os problemas de lixo não é apenas um problema ambiental e de saúde pública, mas também um investimento econômico. “A falta de ação está custando aos países de cinco a dez vezes mais do que os próprios investimentos em gerenciamento de lixo. Um compromisso maior por parte das nações para aplicarem sistematicamente os 3 R’s – reduzir, reutilizar e reciclar – pode transformar o problema do lixo em um recurso para as nossas economias”, complementou.
Segundo ele, o gerenciamento global de lixo proposto pelo relatório tem o potencial de resultar em dramáticas reduções de gases de efeito estufa, na criação de milhões de trabalhos verdes e benefícios econômicos de centenas de bilhões de dólares. “Ao atingirmos, estaríamos também caminhando a passos largos para realizar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.”
O presidente da Assembleia de Meio Ambiente das Nações Unidas destacou que existe uma capacidade tecnológica para resolver o problema global do lixo. “Apesar disso, uma quantidade chocante de 3 bilhões de pessoas ao redor do mundo não têm acesso ao despejo controlado de lixo, fazendo com que o lixo fique acumulado em nossas ruas gerando consequências graves ao meio ambiente e à saúde”, disse Oyun Sanjaasuren.
Confira o relatório completo aqui.
Fonte: ONUBr
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