A malária é uma doença infecciosa febril aguda transmitida por mosquitos infectados com um dos cinco principais protozoários do gênero Plasmodium. A condição é mais comum em regiões tropicais e, embora possua cura e ações de prevenção, é responsável por milhares de mortes todos os anos.
Dados da Organização Mundial da Saúde, por exemplo, estimam que só em 2021, 47 milhões de casos de malária em todo o mundo levaram a 619 mil mortes no total.
A transmissão da malária ocorre a partir da picada de um mosquito contaminado. Durante esse processo, o inseto é responsável pela injeção dos parasitas da malária na corrente sanguínea do hospedeiro, afetando os glóbulos vermelhos. Sem o tratamento adequado, a condição pode ser fatal devido à falha múltipla dos órgãos e outras complicações decorrentes da infecção.
Os principais sintomas da malária incluem febre, calafrios e dores de cabeça. Entretanto, especialistas dividem os sinais da doença em duas categorias: malária não complicada ou grave.
O termo “malária não complicada” é usado em casos em que o paciente demonstra sintomas, mas não possui sinais de infecção grave ou disfunção dos órgãos vitais. Esses sintomas duram, em média, de seis a dez horas e são similares aos sintomas da gripe, como:
Embora não seja tão grave, essa condição deve ser tratada através do atendimento médico, pois pode progredir até a malária grave.
Durante a malária grave, estima-se que os parasitas da condição tenham afetado até 5% de todos os glóbulos vermelhos do hospedeiro. Essa condição é caracterizada pelos impactos nos órgãos vitais.
Seus sintomas incluem:
Pessoas com malária experienciam um ciclo de febre característico da condição. Ele dura cerca de seis à dez horas, se repete a cada dois dias e inclui:
Como já mencionado, a condição é mais comum em regiões tropicais, de temperaturas quentes e alta umidade, incluindo:
De acordo com o Ministério da Saúde, “no Brasil, a região amazônica é considerada área endêmica para malária no país, registrando 99% dos casos autóctones”.
A malária é causada principalmente através da picada de fêmeas do mosquito Anophele. Esses mosquitos são infectados por parasitas unicelulares do gênero Plasmodium e, embora existam diversos tipos do parasita, apenas cinco deles são responsáveis pela transmissão da doença.
Assim que o paciente é picado pela fêmea infectada, o parasita entra na corrente sanguínea e transita até o fígado. Lá, ele se multiplica e é liberado através do sangue para outras partes do corpo, causando a infecção de glóbulos vermelhos.
À medida que os parasitas se multiplicam, os sintomas começam a aparecer, geralmente 7–30 dias após a infecção, dependendo do tipo de Plasmodium. Entretanto, se o paciente estiver tomando medicamentos antimaláricos, os sintomas da malária podem ocorrer dentro de semanas ou meses após a picada.
É importante notar que, embora a malária não seja transmitida através do contato com uma pessoa infectada, ela pode ocorrer após a exposição ao sangue contaminado, incluindo:
Quando causada pelas espécies de Plasmodium comuns na África, a condição pode ser fatal. De fato, dados da OMS indicam que cerca de 94% de todas as mortes por malária ocorrem em África — mais frequentemente em crianças com menos de 5 anos de idade.
As mortes são, na maioria das vezes, decorrentes de complicações da doença, como:
O diagnóstico e tratamento da condição pode reduzi-la enquanto previne mortes e combate a sua transmissão. A OMS recomenda que todos os casos suspeitos de malária sejam confirmados através de testes de diagnóstico baseados em parasitas (através de microscopia ou de um teste rápido).
O tratamento depende de diversos fatores, incluindo:
Os medicamentos antimaláricos usados no tratamento incluem:
Existem duas vacinas usadas para a prevenção da malária. A primeira, conhecida como RTS,S (ou Mosquirix), foi aprovada para crianças que vivem em áreas de risco moderado a alto na África Subsaariana, onde a infecção por Plasmodium falciparum é comum.
Em outubro de 2023, os cientistas da OMS recomendaram uma segunda vacina contra a malária, chamada R21. Acredita-se que a vacinação pode ajudar na prevenção de milhares de mortes decorrentes da condição todos os anos.
Os métodos preventivos recomendados pela OMS incluem a evitação de picadas de mosquito e administração de medicamentos.
Reduza o risco de contrair malária evitando picadas de mosquito:
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