Indústria critica determinação da Anvisa, mas já substitui a matéria-prima
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o dia 31 de dezembro de 2011 como prazo final para a retirada do mercado das mamadeiras produzidas com bisfenol-A, também conhecido como BPA – um componente químico que tem potencial contaminante. A partir de 2012, não será mais possível comprar produtos infantis que contenham BPA. No entanto, a indústria alega que o prazo para retirada dos materiais é muito curto.
A Associação Brasileira de Produtos Infantis (Abrapur), que representa os fabricantes de mamadeiras, afirma que o recolhimento de todas as peças em praticamente três meses é inviável e que a Anisa não informou como se dará o reembolso aos fabricantes.
No entanto, a própria Abrapur não é contrária à proibição do uso do BPA na fabricação das mamadeiras. De acordo com a instituição, não há provas acerca do risco que a substância poderia causar aos seres humanos, nem a crianças e bebês. Mesmo assim, a indústria não utiliza o bisfenol-A na produção de itens infantis desde 2010. Houve uma substituição de matéria-prima – o polipropileno passou a ser usado. A Plastivida Instituto Socioambiental dos Plásticos, representante dos fabricantes de plástico, foi favorável à decisão do órgão público.
O bisfenol-A foi banido devido a suspeitas de que ele possa causar riscos à saúde dos bebês, além de alterações hormonais e câncer.
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