Descubra o que é mangostão e conheça dez benefícios dessa fruta exótica para a saúde humana
O mangostão (Garcinia mangostana) é uma fruta tropical exótica, com um sabor doce e levemente ácido. É considerado o Alimento dos Deuses ou a Rainha das Frutas em diversas culturas, graças aos inúmeros benefícios que proporciona a saúde e por ser fonte de nutrientes, fibras e antioxidantes exclusivos.
Nativo da região tropical, a fruta é cultivada em várias partes do Sudeste Asiático – como a Tailândia, Malásia e Singapura –, mas também pode ser consumida em outras regiões tropicais ao redor do mundo. O mangostão apresenta casca de cor púrpura e uma polpa carnuda branca, segmentada com sementes. Esta fruta tropical conquistou a atenção de muitos chefs de cozinha e cozinheiros domésticos por seu sabor refrescante e levemente picante, incluindo a Rainha Vitória da Grã-Bretanha.
Para que serve a fruta do mangostão?
Diz a lenda que a rainha ofereceu uma recompensa de cem libras esterlinas para quem levasse até ela um mangostão roxo fresco, a fruta mais saborosa! Com o crescente aumento do interesse por produtos naturais, diversos alimentos tropicais têm sido gradualmente incluídos na dieta ocidental. Um dos preferidos entre as frutas exóticas é o mangostão, graças às suas inúmeras propriedades benéficas para a saúde, atribuídos sobretudo às xantonas – compostos de polifenóis presentes na fruta.
Pesquisas relatam que as xantonas têm efeito anti-inflamatório, atividade antimicrobiana, evitam doenças degenerativas e podem prevenir diversos tipos de câncer. Confira:
1. Fonte de antioxidantes
O mangostão é uma fonte rica de antioxidantes e vitaminas. As xantonas, por exemplo, encontradas em abundância na fruta, dão a ela uma vantagem superior. A fruta possui duas classes de xantonas: alfa e gama.
Acredita-se que o fruto do mangostão contenha pelo menos vinte xantonas conhecidas. Esses compostos atuam na redução do estresse oxidativo causado por radicais livres. Ao danificar os radicais livres, esses antioxidantes protegem o corpo de várias doenças, que vão desde gripe e resfriados comuns até câncer e doenças do coração.
2. Aumenta a imunidade
As xantonas, em conjunto com a vitamina C – também encontrada em abundância nessa fruta – fazem maravilhas para um sistema imunológico forte e aprimorado. Enquanto as xantonas ajudam a combater os radicais livres, a vitamina C promove a produção e a função dos leucócitos ou das células brancas do sangue, que são os principais responsáveis pela boa imunidade. Ou seja: quanto mais leucócitos você tem, mais estará protegido contra infecções.
3. Regula a menstruação
As raízes do mangostão têm sido tradicionalmente usadas em diferentes partes da Indonésia e na Malásia para regular o ciclo menstrual nas mulheres. A fruta também pode ter efeitos benéficos no alívio dos sintomas pré-menstruais, como TPM, tontura, hipertensão e outros.
4. Regula a pressão arterial e aumenta a saúde do coração
As quantidades abundantes de potássio, cobre, magnésio e manganês contidas nessa fruta podem ajudar a regular a pressão arterial. O potássio, sobretudo, elimina o efeito negativo infundido pela ingestão excessiva de sal (sódio).
Ele também promove a saúde cardíaca, mantendo a frequência cardíaca regular e evitando o risco de ataques coronários. O mangostão também reduz os níveis de colesterol, controlando a pressão arterial e, consequentemente, as doenças cardíacas.
5. É um anti-inflamatório natural
O mangostão tem altas propriedades anti-inflamatórias. A liberação inibida de histamina e prostaglandina auxilia no processo anti-inflamatório. Por isso, a fruta pode ser um superaliado contra gripes, resfriados e dores, uma vez que a inflamação, muitas vezes, acompanha esses males.
6. Faz bem para a pele
As altas propriedades antibacterianas e antimicrobianas do mangostão, aliadas à xantona, podem reduzir o risco de muitas doenças de pele, reparando as células danificadas. Isso sem falar na vitamina C, que beneficia ainda mais a saúde. Além disso, um estudo revelou que o extrato de mangostão ajuda a proteger a pele dos raios UVB.
A fruta também tem sido usada tradicionalmente para tratar a acne. Sua capacidade de eliminar os radicais livres e suprimir a produção de citocinas (principal fator de surgimento da espinha) pode impedir que a pele desenvolva acne.
7. Reduz sinais do envelhecimento
Consumir a fruta também pode prevenir o envelhecimento precoce. Os sinais de envelhecimento também são provocados pelo estresse oxidativo causado pelos radicais livres, que é combatido de forma eficiente pelos antioxidantes do mangostão. O antioxidante catequina faz maravilhas para a pele, prevenindo rugas e sinais de envelhecimento.
8. Alivia problemas digestivos e estomacais
O mangostão é rico em fibras, o que o torna uma ajuda eficaz para todos os seus problemas digestivos. Pode ajudar a prevenir a constipação. Verificou-se que consumir o pericarpo e a casca da deliciosa fruta é eficaz no alívio da diarreia e da disenteria. A composição rica em fibras da fruta também aumenta a ingestão de prebióticos, o que é bom para o intestino.
Além disso, as fibras ajudam a regular os níveis de glicose no sangue.
9. Contribui para a perda de peso
Sim, o mangostão também pode ajudar a emagrecer com saúde. A fruta tem somente 63 calorias a cada 100 gramas, não contém gorduras saturadas nem colesterol. Além disso, é rica em fibras dietéticas e é deliciosa! Por isso, consuma sem medo.
10. Pode aliviar sintomas de Alzheimer e outras doenças
Alguns estudos revelaram que a xantona presente na fruta exerce um efeito antagônico nos receptores de serotonina – um medidor-chave na fisiologia do estado de humor. Isso significa que a xantona pode ajudar a aliviar sintomas de certos distúrbios psiquiátricos, como depressão, ansiedade, distúrbios do sono, entre outros.
Além disso, suas propriedades interagem com a transmissão dopaminérgica em situações patológicas como a doença de Parkinson, produzindo um aumento desta transmissão e, assim, melhorando os sintomas motores da doença.
Outros estudos relevam que o pericarpo do mangostão pode ser usados como suplementos na dieta para atenuar a disfunção cognitiva da doença de Alzheimer. No entanto, são necessários mais estudos para comprovar essa eficácia.