Uma extensa equipe composta por cientistas sociais, psicólogos e especialistas em geriatria, vinculados a diversas instituições nos Estados Unidos, revela descobertas intrigantes: manter o otimismo ao longo do processo de envelhecimento pode estar intimamente ligado a uma melhor mobilidade em mulheres idosas, mesmo quando os efeitos do tempo começam a se fazer sentir no corpo.
No estudo publicado na revista JAMA Psychiatry, a equipe realizou entrevistas e testes físicos em milhares de mulheres idosas em diferentes centros clínicos. Esses testes incluíram avaliações de força de preensão (ato de agarrar, segurar ou apanhar), velocidade de marcha e capacidade de levantar-se de uma cadeira.
O estudo prospectivo de coorte utilizou dados da Iniciativa de Saúde da Mulher (WHI), recrutando participantes entre 1993 e 1998 e acompanhando-as por seis anos. A análise dos dados, realizada entre janeiro de 2022 e julho de 2022, envolveu mulheres na pós-menopausa, com mais de 65 anos, recrutadas em 40 centros clínicos nos EUA.
A análise final incluiu 5.930 mulheres, com idade média de 70 anos. Modelos estatísticos controlando variáveis demográficas, estado de saúde mental, e hábitos de saúde demonstraram que um maior otimismo estava associado a uma melhor força de preensão e capacidade de levantar-se de uma cadeira, embora não tenha sido observada associação com a velocidade de marcha inicialmente. Além disso, o otimismo foi correlacionado com uma taxa mais lenta de declínio na velocidade de marcha e na capacidade de levantar-se de uma cadeira ao longo do tempo.
Este estudo de coorte em mulheres na pós-menopausa destaca a importância do otimismo na manutenção da funcionalidade física ao longo do envelhecimento. A perspectiva otimista não apenas esteve ligada a um melhor desempenho inicial em testes físicos, mas também à preservação desse desempenho ao longo de seis anos de acompanhamento. Dada a possibilidade de modificar o otimismo através de intervenções, este estudo sugere que investir em atitudes positivas pode ser uma estratégia eficaz para retardar o declínio físico relacionado à idade.
Pesquisas anteriores indicavam que o envelhecimento frequentemente traz consigo declínios na funcionalidade física. No entanto, este estudo destaca que fatores como a perspectiva mental também desempenham um papel importante. A partir das entrevistas e testes realizados em milhares de mulheres idosas nos EUA, os pesquisadores observaram que aquelas com uma mentalidade mais positiva tinham menores declínios na mobilidade ao longo do tempo, sugerindo que o otimismo pode proteger contra os efeitos adversos do envelhecimento. Isso não apenas ressalta a importância da saúde mental na terceira idade, mas também aponta para a possibilidade de intervenções psicológicas como um meio eficaz de promover o envelhecimento saudável e ativo.
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