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Tradição acontece anualmente e envolve toda a comunidade, inclusive crianças. Pelo menos 175 baleias já foram mortas

Na terça-feira, 29, a organização Save the Reef divulgou no Instagram o início da caça anual às baleias nas Ilhas Faroe. Até o momento da publicação, 131 baleias-piloto já haviam sido cruelmente massacradas na região. De acordo com reportagem do Daily Mail, também veiculada na terça-feira, o número de animais mortos já chegava a 175.

As Ilhas Faroé são um território dependente da Dinamarca, localizado no Atlântico Norte, entre a Escócia e a Islândia. A caça anual às baleias, considerada uma tradição pelos faroenses, é regulada pelas autoridades e organizada pela própria comunidade. Todos os anos, sobretudo no verão, centenas de baleias-piloto e golfinhos são abatidos por habitantes locais – inclusive crianças.

Segundo a Save the Reef, “os faroenses defendem a continuidade de uma tradição chamada ‘Grindadrap’, que permitiu que seus ancestrais sobrevivessem em um clima hostil, enquanto seus supermercados estão cheios de alimentos de todos os tipos. Ainda assim, a caça persiste”.

Em média, 800 cetáceos são mortos a cada ano nas Ilhas Faroe em nome da “tradição”, embora menos de 20% dos habitantes da ilha ainda consumam carne de baleia-piloto e gordura. De acordo com a organização Sea Shepherd, 6.500 animais foram mortos durante a prática na última década.

Robert Read, diretor de operações da Sea Shepherd, disse ao Daily Mail: “O Grindadrap é um costume bárbaro, fruto de uma época passada. [Trata-se de] uma caça desnecessária de centenas de baleias-piloto e golfinhos que deveria ter terminado há um século e que não é necessária para alimentar ninguém nas ilhas”.


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