Marte, também chamado de planeta vermelho, é um planeta frio e desértico. Ele é o sétimo planeta do sistema solar e seu tamanho equivale à metade da Terra. Há muitos anos, cientistas investigam a possibilidade de ter existido vida em Marte e as descobertas são diversas. Ao mesmo tempo, outras pessoas investigam as condições do planeta, almejando povoá-lo com seres humanos. Não se sabe, entretanto, os possíveis impactos disso.
Marte possui uma atmosfera composta principalmente de dióxido de carbono, nitrogênio e argônio. O ar é bastante rarefeito, a pressão do ar no topo do Monte Everest, por exemplo, é cerca de 50 vezes maior do que na superfície marciana. O ar de Marte pode atingir mais de 95 quilômetros por hora, levantando poeira que alimenta enormes tempestades de poeira e grandes campos de dunas de areia.
Marte não possui um sistema tectônico de placas ativas como a Terra e nem um campo magnético planetário. Assim, a falta de uma barreira protetora torna mais fácil para as partículas de alta energia do Sol removerem a atmosfera do planeta vermelho, provavelmente por isso a atmosfera de Marte é tão fina.
No planeta vermelho, há montanhas, vales e vulcões. Olympus Mons, por exemplo, é o maior vulcão do sistema solar, chegando a 25 quilômetros acima da superfície de Marte, tornando-se três vezes mais alto que o Everest. Marte também é o planeta dono dos vales mais longos. O sistema de vales chamado Valles Marineris chega a 10 quilômetros e corre na direção leste-oeste por aproximadamente 4 mil quilômetros.
As estimativas sugerem que o núcleo de Marte é feito de ferro e níquel, contendo mais enxofre que o núcleo da Terra. Já a superfície do planeta se difere dependendo do hemisfério. O hemisfério norte de Marte consiste principalmente em planícies baixas e a crosta pode ter apenas 30 quilômetros de espessura. No hemisfério sul, há terras altas, com muitos vulcões e com crosta de 99 quilômetros de espessura. Mas ambos estão igualmente cobertos pela poeira característica de Marte, que faz com que ele tenha tons de laranja, vermelho e marrom.
As investigações científicas indicam que, em um passado distante, a atmosfera de Marte era suficientemente densa e retinha calor suficiente para que a água permanecesse líquida na superfície do planeta. Acredita-se que a água tenha escapado para atmosfera, sobrando somente gelo e calotas polares. Mas um estudo publicado na Science mostra que a água pode estar, na verdade, presa dentro de minerais na crosta do planeta.
Uma das participantes dessa pesquisa, Caltech Eva Scheller, aponta que o escape atmosférico não explica totalmente os dados existentes sobre a quantidade de água que existiu em Marte. A água é composta de hidrogênio e oxigênio, sendo que os átomos de hidrogênio são criados de forma diferente, formando, em alguns casos, deutério, também chamado de hidrogênio “pesado”.
O estudo em questão propõe que a combinação de dois mecanismos – o aprisionamento de água em minerais na crosta do planeta e a perda de água para a atmosfera – pode explicar o sinal de hidrogênio “pesado” observado na atmosfera marciana.
Algumas missões espaciais determinaram que algumas partes de Marte eram habitáveis por alguns períodos há muito tempo. Isso, no entanto, não é evidência de que existiram vidas passadas em Marte. Sabe-se que há uma chance de existir vida microbiana sob as calotas polares e em lagos subterrâneos.
A NASA anunciou que certos sais orgânicos provavelmente estão presentes em Marte. Embora isso não signifique que eles foram necessariamente criados pela vida no planeta, é um sinal encorajador, pois, na Terra, a matéria orgânica é fonte de energia para os organismos. A partir dessas descobertas, o plano dos pesquisadores é procurar pontos quentes desse tipo de substância e investigá-los com maior profundidade.
Parte do interesse em Marte está relacionada ao desejo de enviar seres humanos para lá. Elon Musk, por exemplo, bilionário e fundador da SpaceX, está construindo um veículo enorme para enviar humanos a Marte, povoando o planeta com 1 milhão de pessoas.
Não se sabe, porém, como a atividade humana afetará o planeta vermelho. Mas sabemos que, aqui, a atividade humana gerou consequências diversas, colocou a Terra à beira de um colapso e culminou na crise climática. Por isso, é sempre bom lembrar que ainda temos um planeta para cuidar antes de qualquer outro: o nosso planeta Terra!
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