Mata ciliar é um termo utilizado para fazer referência à formação vegetal que se desenvolve às margens de rios, córregos, lagos, represas e nascentes. Tal nomenclatura relaciona-se à analogia que se faz entre a função das matas para os rios e a função dos cílios para os nossos olhos: proteção. De maneira geral, ela protege os rios de assoreamento e os corpos hídricos de poluição. Por isso, a mata ciliar é considerada pelo Código Florestal como uma “Área de Preservação Permanente”.
A mata ciliar ocorre em diversos biomas, como Cerrado e Mata Atlântica. Por isso, pode apresentar tamanhos e tipos de árvores diferentes, muitas vezes relacionadas ao ambiente em que estão situadas.
Área de Preservação Permanente (APP) é uma “área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas”, de acordo com o Novo Código Florestal. Ela busca atender ao direito fundamental de todo brasileiro a um “meio ambiente ecologicamente equilibrado”, conforme previsto no artigo 225° da Constituição da República Federativa do Brasil.
As Áreas de Preservação Permanente foram instituídas por Lei para mitigar os impactos socioambientais causados pela ação humana. Assim, elas possuem o objetivo de proteger os recursos hídricos, conservar a biodiversidade de espécies de plantas e animais, controlar a erosão do solo e, consequentemente, o assoreamento e a poluição dos cursos d’água.
Outra função das Áreas de Preservação Permanente é proporcionar a infiltração e a drenagem pluvial, contribuindo para a recarga dos aquíferos e diminuindo a ação das águas na dinâmica natural, evitando enxurradas, inundações e enchentes. Para isso, é necessário que essas áreas sejam monitoradas pelo poder público.
Como dito anteriormente, as matas ciliares representam uma proteção natural dos cursos d’água. Isso porque suas raízes impedem a ocorrência de casos de erosão fluvial, em que as águas desgastam as bordas que as comprimem e provocam abalos na estrutura superficial.
Outra forma de atuação das matas ciliares é na “filtragem” do ambiente ao redor dos rios, evitando ou diminuindo a presença de sedimentos trazidos com a água das chuvas e da poluição. Além disso, permitem que os animais silvestres desloquem-se de uma região a outra para buscar alimentos e acasalar.
Pode-se dizer que a principal causa de remoção das matas ciliares é a atividade pecuária, já que as áreas úmidas ao redor dos cursos d’água favorecem a pastagem em tempos de seca. Além disso, a atividade agrícola convencional, baseada em monoculturas, favorece a destruição desse tipo de vegetação, aumentando o assoreamento dos rios.
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