Com papel importante na medicina, material bioativo também pode ser usado em embalagens sustentáveis
Um material bioativo é aquele que apresenta interação com o organismo humano e o meio ambiente, sem provocar danos. Eles podem ser usados no setor industrial, para a substituição de materiais nocivos ao meio ambiente, como o plástico. Além disso, na medicina, são usados como implantes, medicamentos e no tratamento de doenças.
O que são?
Para o setor médico, os materiais bioativos são aqueles que apresentam condições semelhantes às condições do organismo, sendo compatível com ele. Eles podem ser de origem natural ou artificial.
Os materiais bioativos são usados na composição de implantes e insumos com finalidades medicinais. Eles contribuem para a recuperação de danos nos tecidos celulares e de funções desempenhadas pelo organismo.
De acordo com um estudo, os materiais bioativos têm a capacidade de contribuir para a recuperação de fraturas no corpo humano, recompondo tecidos celulares prejudicados, como ossos quebrados.
Eles podem ser utilizados como implantes, já que conseguem interagir com o organismo sem que seja rejeitado por ele. Dessa forma, o implante se mantém seguro e estável. O resultado disso é a segurança de que o implante não será rejeitado, além da recuperação mais rápida do organismo.
Na odontologia, os materiais bioativos são utilizados para o tratamento das cáries e canais. Outro uso é a composição de medicamentos, já que eles são formados por compostos bioativos. Os compostos bioativos são substâncias naturalmente encontradas em espécies vegetais. Confira:
Compostos bioativos
Os compostos bioativos são substâncias antioxidantes ou antibacterianas presentes naturalmente no ambiente, sobretudo em espécies vegetais. Esses compostos contribuem para a prevenção e o tratamento de doenças, como diabetes, doenças cardiovasculares e carcinogênicas.
Além disso, contribuem para manter o índice glicêmico e equilíbrio intestinal, além de auxiliar no emagrecimento para quem precisa. Dessa forma, podem ser usados na composição de medicamentos ou ingeridos por meio da alimentação.
Tipos de material bioativo
Os materiais que podem ser utilizados para implantes e tratamentos odontológicos são cerâmicas (ou biocerâmicas), vidro bioativo e vitro-cerâmicas. Geralmente, eles apresentam em sua composição fosfato, cálcio, sílica e soda.
O composto mais utilizado para essa finalidade é o fosfato de cálcio, que apresenta maior semelhança com a composição óssea. Existem vários tipos de fosfato de cálcio, os mais utilizados são o fosfato tricálcico e a hidroxiapatita.
Isso porque eles têm uma grande bioatividade, taxas de dissolução variadas, são biocompatíveis e são não-tóxicos. Além disso, eles têm a capacidade de guiar o crescimento dos ossos para a direção correta.
Os materiais bioativos se mostram como uma alternativa aos implantes metálicos, que apesar de terem maior movimentação, levam a uma recuperação mais lenta.
Embalagens sustentáveis
Além das vantagens na medicina, os materiais bioativos podem ser usados na composição de embalagens sustentáveis. Um projeto, realizado pelo Instituto Fraunhofer, desenvolveu embalagens compostas por ceras vegetais e revestimentos de proteínas.
Por conta dos materiais bioativos, essas embalagens contribuem para a durabilidade dos alimentos, sem prejudicar o meio ambiente. Isso porque os materiais bioativos são naturais, e não apresentam danos ambientais.
A cera vegetal e as proteínas, têm a capacidade de manter a umidade necessária para frutas e legumes e limitam o contato dos alimentos com o oxigênio, respectivamente. Em conjunto a esses materiais, o papel é utilizado como a base da embalagem, já que se trata de um material altamente biodegradável.
Dessa forma, as embalagens biodegradáveis podem substituir as embalagens de plástico, que são prejudiciais para o meio ambiente e para a saúde humana. O plástico, quando descartado no meio ambiente, polui os corpos hídricos, o solo e até mesmo o ar.
Quando degradado, ele se transforma em pequenas partículas, os microplásticos, permitindo a entrada desse material no organismo das pessoas e dos animais. Dessa forma, eles podem provocar problemas de saúde e alterações hormonais, já que tem componentes que atuam como disruptores endócrinos.