A matriz energética pode ser definida como o conjunto de recursos energéticos utilizados para suprir a demanda de energia de um país. Hoje, a matriz energética mundial é composta, em sua maior parte, por fontes de energia não renováveis. Dados apontam que os combustíveis fósseis, como o petróleo, o carvão mineral e o gás natural, constituem 75% da energia utilizada em todo o mundo.
No entanto, os combustíveis fósseis são os principais responsáveis pela intensificação do efeito estufa e pelo agravamento dos problemas vinculados ao aquecimento global. Sendo assim, pesquisadores enxergam a transição energética como a melhor alternativa para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e aumentar a participação das fontes renováveis de energia nas matrizes energéticas mundiais.
De acordo com a Agência Internacional de Energia, em 2014, a matriz energética mundial era constituída por: 31% de petróleo; 28% de carvão mineral; 21% de gás natural; 10% de biomassa; 4% de nuclear; 2% de hidrelétrica e 1% de outras fontes renováveis. As estatísticas mostram que os recursos energéticos não renováveis se sobressaíram dentre os demais.
Entretanto, é esperado que esse cenário se modifique, visto que a transição energética faz parte das metas climáticas de diversos países.
Apesar de ser considerada uma das mais renováveis do mundo, a matriz energética brasileira ainda utiliza grande quantidade de combustíveis fósseis. Por possuir uma das maiores reservas de petróleo do mundo – o pré-sal –, o País se tornou um dos maiores exportadores do combustível e atraiu diversos investidores para esse setor.
Segundo dados da Brown to Green, o Brasil superou a média dos países que pertencem ao G20 de subsídios destinados ao uso de combustíveis fósseis. Só no ano de 2016, foram designados cerca de US $16,2 bilhões a essa fonte de energia. Além disso, o governo brasileiro também manteve fixos os valores de importância e revenda da gasolina, do diesel, do querosene e do gás natural.
De acordo com o Balanço Energético Nacional de 2020, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) do Ministério de Minas e Energia, a oferta de energia no Brasil se divide da seguinte forma:
Com isso, pode-se perceber que o Brasil depende de fontes não renováveis de energia para garantir a oferta e a segurança da matriz energética. No entanto, o País tem potencial para liderar o processo de transição energética global, graças à abundância de recursos naturais utilizados para a produção de energia verde, como água, Sol e vento.
Transição energética é um termo utilizado para se referir às mudanças estruturais nas matrizes energéticas dos países a curto, médio e longo prazo, migrando de um modelo baseado em combustíveis fósseis para um focado em energias renováveis, como solar e eólica.
Pode-se dizer que a transição energética está diretamente relacionada ao processo de descarbonização. De acordo com a definição dada pelo dicionário da Academia de Ciências de Lisboa, descarbonizar quer dizer “tirar o carbono”. Porém, em termos práticos, descarbonizar significa eliminar os combustíveis fósseis (fontes de energia baseadas em carbono) das opções de fontes energéticas para o abastecimento energético do País e do mundo.
A descarbonização é um grande desafio para indústrias pesadas, como de cimento e aço, que não só consomem muita energia, mas também emitem dióxido de carbono na atmosfera como parte do processo de produção.
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