MCTI participa de debate sobre soluções para reduzir poluição por plástico

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Por MCTI | O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) participou nesta terça-feira (6) da celebração do 50º Dia Mundial do Meio Ambiente, que traz um alerta sobre poluição plástica. Sob o lema #CombataAPoluiçãoPlástica, o objetivo é elevar o apelo para que governos, cidades e empresas invistam e implementem soluções para acabar com a poluição plástica. O evento foi promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), MCTI, Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

“Por ano, mais de 400 milhões de toneladas de plástico são consumidas no mundo. Esse material leva mais de trezentos anos para ser decomposto na natureza, e, cada vez mais, tem causado estragos significativos ao meio ambiente e até à nossa saúde. Há micropartículas de plástico sendo encontradas no leite materno, nos pulmões e no sangue. Com o empenho mundial, utilizando das tecnologias que dispomos hoje, é possível que até 2040 consigamos reduzir 80% da poluição plástica no mundo”, pontuou o representante do Pnuma no Brasil, Gustau Máñez Gomis.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou a necessidade de implementar agora as políticas públicas voltadas à redução do consumo de plástico. “O plástico não conhece fronteiras geográficas. Por isso, é preciso que as nações se unam na missão de reduzir o consumo e a produção de embalagens, garrafas, canudos e tantos outros itens feitos com esse material que é nocivo ao meio ambiente e ao planeta, e que pode gerar danos por séculos”, disse.

Já o secretário de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital do MCTI, Henrique Miguel, ressaltou as ações voltadas para reduzir a poluição nos oceanos e reafirmou o compromisso da pasta com a agenda de preservação ambiental.

“Entendemos que o MCTI tem papel fundamental ao fomentar o desenvolvimento de materiais compostáveis alternativos ao plástico e, por isso, tem apostado em iniciativas. Uma delas é o estabelecimento do Comitê de Especialistas Rede Oceano sem Plástico – MCTI, que tem como objetivo assessorar o Ministério. Isso inclui promover a integração da pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico, definir prioridades de pesquisa, articular iniciativas de pesquisa e inovação, desenvolver políticas públicas, estudar a cadeia produtiva do plástico, promover soluções para o descarte e substituição do plástico, educar sobre o consumo consciente, combater a poluição marinha, reduzir os impactos sobre a biodiversidade, e fornecer posicionamentos nacionais e internacionais na área”, ressaltou Henrique Miguel.

“A poluição plástica no oceano nos expõe a riscos, como a disseminação de doenças em áreas de alta concentração de poluição plástica, aumento da resistência a antibióticos por humanos, maior exposição a espécies invasoras daninhas, danos a tecidos humanos e órgãos causados por nano plásticos. Por isso, temos que pensar adiante, e trabalharmos juntos em busca de alternativas. Soluções que sejam socialmente adequadas, que preservem e restaurem o nosso meio ambiente, os seres que nele habitam, que sejam fundamentadas na melhor ciência disponível”, concluiu o pesquisador Roberto de Pinho.

Para acompanhar o painel na íntegra, acesse o link.

Para fotos do evento, visite o Flickr.

Sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente

Celebrado em 5 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente foi estabelecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1972 para a conscientização e a ação global em prol da proteção do meio ambiente. A cada ano, o evento é organizado em torno de um tema específico, com o objetivo de promover ações concretas e engajar governos, empresas e cidadãos na busca por um futuro mais sustentável.


Este texto foi originalmente publicado por Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.

Carolina Hisatomi

Graduanda em Gestão Ambiental pela Universidade de São Paulo e protetora de abelhas nas horas vagas.

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