A medicina chinesa, ou medicina tradicional chinesa, é um conjunto de práticas antigas que se adaptaram substancialmente desde seu surgimento. Ela parte do princípio que o Qi é a força vital da vida. Por isso, qualquer desequilíbrio do Qi pode resultar em doenças ou enfermidades. De acordo com os praticantes, esse desequilíbrio acontece pela alteração ou desequilíbrio do yin e yang — forças opostas e complementares.
O desequilíbrio pode ser causado por fatores externos (vento, frio ou calor) e internos (raiva, tristeza, medo). Ou escolhas pessoais (abuso de álcool, cigarro ou outras substâncias nocivas).
A sua aplicação engloba muitas práticas complementares, como:
Enquanto a medicina ocidental foca na cura de doenças, a medicina chinesa é usada tanto na prevenção quanto na cura. Além de ter como foco o bem-estar do corpo humano e também da saúde mental.
Existem diversos fatores da vida em que a medicina chinesa pode ser utilizada. Entre elas estão: resfriados, gripes, alergias, asma e até fertilidade.
Acredita-se que os procedimentos da medicina chinesa sejam grandes contribuintes para a economia da China. É estimado que ela traga cerca de 50 bilhões de dólares por ano no país.
Por anos a medicina chinesa vem ganhando popularidade além da Ásia. Porém, só em 2019 a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu as práticas chinesas como válidas na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID).
A CID é usada como uma ferramenta para o diagnóstico para epidemiologia, gestão de saúde e usos clínicos. Reunindo e comparando taxas de mortalidade, a CID consegue criar uma fonte de tratamento, curas e informações sobre diversas doenças.
A OMS define os padrões do que é adicionado na CID seguindo políticas éticas baseadas em evidência. Por isso, para conseguir incluir a medicina chinesa no relatório, teve que criar diversas normas. Apenas algumas práticas foram incluídas, baseando-se na evidência científica de sua eficácia.
Essa adaptação ocorreu por conta de um documento que reunia evidências e traduções e de termos chineses. Ele foi reunido por um praticante da medicina chinesa chamado Choi Seung-hoon e outros profissionais da área. A lista reuniu mais de 3 mil práticas que foram enviadas para os responsáveis da OMS.
Alguns dos tratamentos oferecidos na linha da medicina chinesa são:
O herbalismo, por exemplo, é considerado a estrutura da medicina tradicional chinesa. As ervas em geral são muito usadas ao redor do muito por conta de suas propriedades benéficas à saúde. Porém, as misturas chinesas podem se provar mais poderosas no combate de doenças. No entanto, a ingestão e mistura dessas ervas deve ser monitorada e prescrita por um profissional licenciado da medicina tradicional chinesa.
A eficácia dessas práticas não tem tantos estudos como a medicina ocidental, portanto, especialistas acreditam na sua capacidade curadora e preventiva. A acupuntura, por exemplo, é aceita em diversas partes do mundo como um tratamento funcional para a dor.
Além disso, acredita-se que medicamentos farmacêuticos como a aspirina e descongestionantes tiveram sua origem com plantas medicinais originais do herbalismo.
Muitos profissionais da medicina convencional não acreditam na eficácia da medicina tradicional chinesa. Isso se dá pela falta de embasamento científico e pela falta de regulamentação de algumas práticas. Estima-se que o regulador de medicamentos da China receba cerca de 230 mil relatórios por ano de efeitos adversos das práticas tradicionais.
Em um estudo de 2018 realizado pelo Jornal Britânico da Farmacologia Clínica analisou 487 produtos utilizados pela medicina chinesa e encontrou mais de 1200 ingredientes escondidos. Outra pesquisa realizada em 2012 na Universidade de Murdoch na Austrália também mostrou resultados preocupantes. Alguns dos ingredientes usados nos chás, pós e cápsulas incluíam químicos tóxicos e o DNA de algumas espécies de animais ameaçados de extinção.
Em Outubro de 2018, por exemplo, a China aprovou o uso de chifres de rinocerontes e ossos de tigres. Ambos esses componentes são creditados na medicina chinesa para curar casos de febre e impotência.
As práticas da medicina chinesa sempre devem ser efetuadas por profissionais licenciados. Porém, especialistas acreditam que alguns grupos de pessoas não devem ser submetidos a esses tratamentos. São elas:
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