O medo de agulha, também conhecido como aicmofobia, é caracterizado pelo intenso medo de objetos pontiagudos. Assim como outros tipos de fobia, ele é um tipo de transtorno de ansiedade que pode ser originado a partir de traumas. Porém, também pode ser um tipo de medo irracional.
Embora não existam dados oficiais sobre o medo de agulha, acredita-se que ele é relativamente comum. As fobias em geral são condições de saúde mental normais — de fato, cerca de 7% a 10% da população mundial sofre com algum tipo de medo intenso.
Ele é mais comum em crianças, mas também pode afetar adultos e pessoas de todas as idades. Além disso, o medo de agulha também é comum em pessoas com deficiências que dificultam a compreensão dos procedimentos e a comunicação de suas preocupações.
Embora sejam comumente usados como sinônimos, o medo de agulha e o medo de injeção são duas coisas diferentes. Enquanto o medo de injeção pode ser originado pelo medo de objetos pontiagudos, ele também pode ser um resultado do uso específico desses objetos em contextos médicos.
O medo de injeção vai, muitas vezes, além da dor da picada de uma agulha, e é transferido pelo possível medo de médicos em geral, sobre o que é injetado e os possíveis efeitos da injeção.
Ao todo, acredita-se que o medo de agulha é enraizado na infância — crianças geralmente possuem memórias imprecisas de injeções dolorosas, que podem resultar em um tipo de trauma. Quando esses traumas não são trabalhados, eles podem se consolidar na formação de fobias.
No entanto, outra teoria é de que o medo de agulha pode ser uma consequência da evolução. Por muito tempo, sem a medicina como conhecemos hoje, uma picada de um objeto pontiagudo podia causar infecções perigosas ou até mesmo a morte. Hoje, ironicamente, a maioria desses problemas pode ser resolvido a partir da administração de injeções.
Além disso, boa parte da população também possui medo em consequência de algumas doenças e condições transmissíveis a partir da troca de sangue presente em agulhas — como o HIV. De fato, na década de 80, muitas pessoas desenvolveram um tipo de receio de serem imunizadas através da aplicação de injeções.
Ao todo, não existe uma causa específica para o medo de agulha — podendo ser resultante de traumas ou características de um possível transtorno obsessivo-compulsivo.
Pessoas com medo de agulha fazem de tudo para evitar situações em que podem ser expostas a esses objetos. Geralmente, se entram em contato com objetos pontiagudos podem apresentar os seguintes sintomas:
A fobia de agulha pode impactar gravemente a vida de um indivíduo. Muitas práticas da medicina moderna envolvem o uso desses objetos para a imunização e tratamento de condições.
Sentir medo de tomar vacina, tirar sangue ou fazer exames de sangue em geral, pode comprometer o cuidado médico dessas pessoas. Portanto, essa fobia deve ser tratada com ajuda profissional.
Embora não precise de um diagnóstico, o medo de agulha pode ser identificado por especialistas. Geralmente, ele é feito através de diversas perguntas sobre a história, experiências e sintomas da pessoa.
Em geral, existem quatro critérios para o diagnóstico de fobias. São eles:
Apenas de 10% a 25% das pessoas que têm uma fobia específica procuram tratamento para sua condição. Muitas vezes, isso é um resultado da evitação a certas experiências que podem resultar no medo.
Alguns tipos de terapia, como a terapia de exposição ou a terapia cognitivo-comportamental podem ajudar no tratamento do medo de agulha. Porém, nem muitas pessoas têm acesso ao auxílio médico.
Portanto, é importante aprender algumas dicas de como lidar com esse medo de forma que ele pare de impactar a sua vida. Confira dicas:
Pesquisadores da Universidade de Tsukuba criaram um robô vestível que pode ser usado para aliviar a dor. De acordo com a pesquisa, participantes que usaram a tecnologia sentiram menos desconforto durante os testes quando foram expostos a um leve estímulo de calor do que aqueles que não usaram.
“Nossos resultados sugerem que o uso de robôs leves vestíveis pode reduzir o medo e aliviar a percepção da dor durante tratamentos médicos, incluindo vacinas”, diz o autor sênior, professor Fumihide Tanaka.
Isso indica que, além da terapia, outras tecnologias podem ser utilizadas no tratamento do medo de agulha e do medo de injeções em geral.
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