A memória eidética é a habilidade de ver um objeto em sua mente logo depois dele ser retirado de seu campo de vista. Acredita-se que a memória eidética é mais comum em crianças e pré-adolescentes, e que ela pode durar um pouco mais que um segundo. Ao contrário do que se prega, a memória eidética não é a mesma coisa que memória fotográfica.
O controle da memória eidética é feito pelo córtex parietal, que fica posterior ao lobo parietal do cérebro. Essa região é onde se processa todo o estímulo visual do ser humano, e onde as imagens capturadas são retidas. Para a maior parte dos indivíduos, essas imagens são captadas por alguns segundos antes de serem enviadas para a memória de curto período ou serem descartadas.
De acordo com estudo, de Ralph Norman Harber, um dos maiores estudiosos do área, uma a cada dez crianças apresenta a habilidade da memória eidética. Essa quantidade foi calculada devido ao resultado da pesquisa, que apontou que 8% das crianças envolvidas mostraram ter essa característica.
É preciso ter noção que a memória eidética não é a mesma coisa que a pós-imagem cerebral. Essas imagens costumam ficar se movendo conforme você mexe seus olhos fechados, e normalmente tem uma cor diferente da original.
A verdadeira memória eidética não se move junto com seus olhos, e tem a mesma cor da imagem original. Além disso, não é possível controlar quais partes da memória eidética permanecem visíveis depois de alguns segundos. Isso porque ela vai se desfazendo conforme o tempo vai passando, até não sobrar mais nada da imagem original.
Alguns especialistas acreditam que a memória eidética não está tão presente em adultos pois eles são propensos a tentar decorar verbalizando a memória. Se isso for mesmo a causa, é possível provar que adultos são propensos a bagunçar a informação da imagem, e assim, não serem diagnosticados com memória eidética.
Para saber se você tem memória eidética, basta aplicar um teste simples. Pegue uma imagem, olhe para ela por alguns segundos. Depois disso, guarde a imagem e feche os olhos. Se você conseguir ver a imagem completa em seu consciente, sem que ela se mexa ou troque de cor, então é possível que você tenha memória eidética.
A memória eidética e a fotográfica não são a mesma coisa, apesar de o conceito ser semelhante. De acordo com o conceito de memória fotográfica, uma pessoa com essa capacidade pode relembrar qualquer imagem em detalhes por um longo período de tempo.
A memória eidética se difere totalmente da memória fotográfica. Principalmente por durar um curto período de tempo. Sem contar com o fato de que, em tese, a memória fotográfica dura alguns meses, enquanto a eidética dura segundos.
Não existem estudos o suficiente para provar a existência da memória fotográfica. Por isso, muitos estudiosos afirmam que ela é um mito. Uma das explicações para isso é o fato de que pessoas que conseguem decorar textos de livros inteiros — alegando ter memória fotográfica – não conseguem verbalizar esses textos de trás para frente.
Para especialistas em psicologia, a memória fotográfica só existiria caso o indivíduo tivesse a capacidade de citar o texto do fim ao início. Além disso, não é possível provar que a tal “memória fotográfica” é fiel ao verdadeiro acontecimento, já que as pessoas tendem a mudar uma coisa ou outra ao relembrar.
Mas como explicar gênios que sabem recitar livros completos, todos os dígitos de pi ou o conteúdo de um jornal?
Existe uma condição chamada hipertimesia, ou Memória Autobiográfica Altamente Superior. Indivíduos com hipertimesia conseguem relembrar detalhes específicos de momentos em suas vidas e costumam passar grande parte do tempo pensando no passado. Porém, essa condição não está atrelada a lembranças triviais, o que significa que essas pessoas podem sim esquecer seus telefones, endereços ou nomes de pessoas.
Outra explicação plausível é o uso de métodos e técnicas para decorar uma atividade. Ou seja, algumas pessoas criam pequenas atividades que as ajudam a decorar um livro ou contas de matemática. Os meios usados para decorar essas informações depende de quem pretende relembrar essa informação. Cada pessoa cria seu método único.
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