A mente é aquilo que abrange os pensamentos, ações e entendimentos humanos em um sentido figurativo
A mente é um conceito que define o estado de consciência ou subconsciência humana, ou seja, está diretamente atrelada ao ato de pensar. Apesar disso, a mente não pode ser tida como um sinônimo do cérebro. Afinal, em tese, o órgão é definido como a parte física da mente — termo que determina todas as suas funções.
De forma simplificada, a mente descreve as funções do cérebro humano, principalmente quando se trata de funções cognitivas e humanas e potência intelectual. A palavra “mente” vem do latim “méntem”, que pode ser traduzido como “pensar, conhecer, entender”, mas também pode significar “medir”. Isso porque, em teoria, uma pessoa que pensa e tem consciência “mede e pondera suas ideias”.
A mente costuma ser atribuída às funções cerebrais como: interpretação, desejos, temperamento, imaginação, linguagem e os sentidos. No entanto, ela também tem relação com ações inconscientes, como o pensamento, a razão, a memória, intuição, inteligência, sonho, sentimento, ego e superego.
A conduta de uma pessoa também é comumente atrelada à mente, sendo assim, a forma como ela funciona determinará como esse indivíduo lida com o mundo. Por exemplo: alguém mente aberta tem mais facilidade de obter informações externas não vistas antes, processá-las e aceitá-las.
Qual é a função da mente?
Uma hipótese, criada pelo estudioso Karl Friston, é a Mente Hierarquicamente Mecanizada (HMM). De acordo com o pesquisador, a mente funciona como uma máquina de previsões que busca melhorar o seu modelo de mundo através de ciclos adaptativos de percepção e ação, que trabalham sinergicamente para reduzir a incerteza do ambiente em que vivemos.
Por exemplo, quando uma criança vê um cachorro latindo pela primeira vez, ela vai achar estranho e pode até mesmo acabar chorando. Porém, com o passar do tempo, essa criança pode perceber que o animal late sempre que vê um gato passando na janela. Sendo assim, ela vai internalizar isso em seu cérebro, e se tiver boas experiências com cachorros, vai deixar de se assustar e até mesmo procurar pelo gato que alarmou seu bicho de estimação.
O conceito é construído a partir da ideia de que o cérebro é composto de componentes com diferentes funções, que se comunicam e trocam informações de maneira hierárquica e integrada. Enquanto algumas partes do órgão servem para processar estímulos e gerar movimentos, outras, como o córtex pré-frontal, são responsáveis pelo processamento de informações e tomada de decisões.
Os pensamentos humanos, sentimentos e ações, tudo o que forma a mente, são determinados por um complexo processo de integração a longa distância. Ele é criado por populações de células especializadas, conectadas a outras regiões do corpo, que desempenham diferentes funções.
Existem diversos estudos que comprovam que o cérebro funciona como uma grande estrutura hierárquica que está conectada de ponta a ponta. Essa estrutura complexa do órgão permite a ele otimizar o equilíbrio entre o processamento local e a função cerebral global. Algumas pesquisas apontam que essa característica é comum em mamíferos.
Divisão da mente
Alguns especialistas dividem a mente da seguinte forma:
Consciente: a parte do pensamento que as pessoas estão cientes e que pode ser alterada caso entre em contato com um argumento pertinente. Geralmente é o que as pessoas pensam quando se referem à mente.
Inconsciente: trabalha em organizar as diversas informações no cérebro. Como um comodo grande repleto de gavetas com dados, que são armazenados para serem lembrados futuramente;
Subconsciente: detector de padrões, responsável por perceber que uma situação já aconteceu antes. De forma exemplificada: uma pessoa ouve seu estômago fazendo barulho, e por já ter passado por isso anteriormente, sabe que está com fome.
Quem estuda a mente?
As principais áreas de estudo da mente são a neurociência e a psicologia. A primeira é responsável por compreender o seu funcionamento, por meio da atividade cerebral. Enquanto a segunda estuda o comportamento da mente, levando em consideração práticas psicoterápicas que provocam alterações na atividade neural do cérebro.