A distribuição de sacolas plásticas em supermercados de alguns estados brasileiros gerou polêmica e opiniões divididas. Foram proibidas, voltaram a circular, mas mesmo com o retorno, há muitos que são adeptos das sacolas retornáveis e caixas de papelão, por serem alternativas mais ecológicas.
E quem toma essa atitude está correto. Não existe nenhuma legislação que proíba de fato a distribuição das sacolas, o que gerou polêmica entre a população e associações regionais de supermercadistas. Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), elas não são gratuitas, seu custo está dissolvido no preço dos produtos e têm alto custo socioambiental.
Em 2010 foram distribuídas cerca de 14,9 bilhões de sacolas plásticas pelos supermercados, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).
Impacto
Para o Ministério, o impacto ambiental superou o benefício e a praticidade que as sacolas traziam ao cotidiano. A melhor maneira de reduzir o consumo deste produto ainda é a mudança de hábito e o uso de carrinhos de feira, sacolas retornáveis e caixas de papelão.
Em 2011, a ABRAS assinou um acordo no qual se comprometia a reduzir em até 40% a distribuição das sacolas descartáveis até 2015. No 1º Relatório de Redução do Consumo de Sacolas Plásticas, apresentado na Rio+20, a ABRAS mostrou uma redução de 6,4% no consumo das descartáveis, o que equivale a 953 milhões de sacolas a menos.
No dia 7 de agosto, a associação supermercadista declarou apoio ao governo federal. “Se o governo, por meio do Ministério do Meio Ambiente, entende que devemos continuar trabalhando para reduzir a distribuição das sacolas plásticas, assim o setor fará”. Além disso, a ABRAS também está participando do Grupo de Trabalho coordenado pelo Ministério, junto com outras organizações civis, com o intuito de acabar com as fraudes das sacolas compostáveis e achar novas tecnologias que combatam os problemas socioambientais.
Vários países como Coréia do Sul, Alemanha, China, Irlanda, Ruanda, África do Sul entre outros já adotaram a política de redução do consumo de sacolas plásticas, segundo a ABRAS. Além de metrópoles como São Francisco e Washington, nos Estados Unidos e Toronto, no Canadá.
As sacolas plásticas demoram em média 300 anos para se decomporem na natureza. São produzidas, geralmente, a partir de fontes de energia não-renováveis, como petróleo e gás natural.
Outro lado
O Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos (Plastivida) rebate as acusações de que as sacolinhas plásticas não seriam sustentáveis. Alguns argumentos, que podem ser vistos nesta entrevista, são a função de higiene que as sacolas descartáveis cumprem para embalar o lixo doméstico e o baixo impacto ambiental que as sacolinhas teriam, considerando todo o ciclo de vida do produto.
Alternativas
Se você quer saber qual é o melhor jeito de transportar suas compras, dê uma olhada neste link!
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