Micropoluentes são substâncias tóxicas, orgânicas ou minerais, com propriedades persistentes, bioacumulativas e biomagnificantes que podem causar danos ao meio ambiente e à saúde humana. De modo geral, eles estão presentes em diversos produtos consumidos diariamente, como cosméticos, produtos de limpeza, remédios, inseticidas e agrotóxicos. A utilização contínua de micropoluentes pode gerar danos a longo prazo, à medida que eles se tornam mais concentrados nos ambientes e organismos.
Para serem caracterizados como micropoluentes, os contaminantes devem:
Além disso, os micropoluentes não conseguem ser completamente degradados e removidos por meio de tratamentos de efluentes e água convencional.
Os micropoluentes estão normalmente classificados em quatro famílias principais, sendo elas:
Normalmente, são provenientes de efluentes industriais. A falta de tratamento adequado pode gerar o acúmulo de algumas substâncias na natureza, como as listadas abaixo:
Geralmente, são provenientes de efluentes municipais, industriais e agrícolas. A falta de tratamento adequado pode gerar o acúmulo de algumas substâncias na natureza, como as listadas abaixo:
Normalmente, são provenientes de efluentes municipais. A falta de tratamento adequado pode gerar o acúmulo de algumas substâncias na natureza, como as listadas abaixo:
Geralmente, são provenientes de hospitais e de efluentes municipais. A falta de tratamento adequado pode gerar o acúmulo de algumas substâncias na natureza, como as listadas abaixo:
Como dito anteriormente, os micropoluentes são compostos persistentes, bioacumulativos e biomagnificantes. Segundo estudos, essas propriedades causam diversos prejuízos ao meio ambiente e à saúde humana.
A bioacumulação pode ser entendida como um processo de absorção e acúmulo de substâncias ou compostos químicos no organismo de determinado ser vivo. Embora o termo “bioacumulação” seja muito confundido ou usado como sinônimo de “biomagnificação” ou de “bioconcentração”, existe uma distinção importante entre esses três termos.
A biomagnificação é um fenômeno que ocorre quando há acúmulo progressivo de substâncias ou compostos químicos ao longo da cadeia alimentar. Já a bioconcentração acontece quando esses elementos são absorvidos pelos organismos em concentrações mais elevadas do que o ambiente circundante.
A bioacumulação pode ocorrer de forma direta, quando as substâncias são assimiladas a partir do meio ambiente, ou de maneira indireta pela ingestão de alimentos que contêm esses compostos químicos. Esses processos acontecem simultaneamente, em especial em ambientes aquáticos.
Os micropoluentes são substâncias sujeitas aos processos de bioacumulação e biomagnificação, sendo consideradas altamente tóxicas aos seres vivos. Como exemplo, pode-se citar o DDT (diclorodifeniltricloroetano), um pesticida usado principalmente na Segunda Guerra Mundial. Em virtude dos danos que pode ocasionar ao meio ambiente e à saúde humana, seu uso foi suspenso na maioria dos países ainda na década de 70.
Como o DDT contaminava a água, os moluscos retinham e acumulavam essa substância em seu corpo ao realizarem a filtração. Ao serem consumidos, passavam essa substância ao consumidor e assim sucessivamente por meio da cadeia alimentar. Como dito anteriormente, os predadores do topo são os mais prejudicados, uma vez que se alimentam de uma grande quantidade de matéria pertencente ao nível anterior e, consequentemente, acumulam mais o DDT. Essa substância causa graves problemas às pessoas, tais como cirrose e câncer de fígado.
Outro exemplo de micropoluente é o mercúrio, que frequentemente é encontrado em peixes. Essa substância também bioacumula-se e biomagnifica-se na cadeia alimentar, atingindo facilmente os seres humanos.
Os micropoluentes também estão diretamente relacionados às disfunções hormonais, imunológicas, neurológicas e reprodutivas. Eles agem no organismo humano por meio da imitação dos hormônios naturais, como o estrogênio. Dessa maneira, ocorre um bloqueio da função hormonal natural e uma alteração dos níveis de hormônios endógenos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), há indícios de que a exposição aos micropoluentes ao longo do tempo aumentou algumas doenças, como:
Outro problema relacionado aos micropoluentes é a obesidade. Acredita-se que a principal ação desses compostos relacione-se à interferência na diferenciação do adipócito e nos mecanismos de homeostase do peso. No Brasil, as maiores prevalências de obesidade são encontradas nas regiões mais industrializadas do país, portanto, onde potencialmente ocorre maior exposição da população aos micropoluentes.
O combate à utilização dos micropoluentes deve envolver esforços mundiais. Mas mesmo assim, cada indivíduo pode evitá-los simplesmente desenvolvendo ou comprando produtos de origem natural.
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