Hoje em dia ninguém mais usa, mas todo mundo tem. E agora? O que fazer com eles? A reciclagem é possível?
Por ser um processo de alto custo e de muitas etapas, a reciclagem de CDs e DVDs é considerada trabalhoso demais. Apesar de ter sido criado ao final da década de 70 do século XX, o compact disc (disco compacto, em tradução livre), mais conhecido pela abreviação CD, só se popularizou definitivamente no início dos anos 90. A então novidade foi criada para substituir o antigo long play (LP) e revolucionar não só o modo de reproduzir músicas, mas também de armazenar dados digitais, deixando bem para trás os dispositivos da geração anterior, como os famigerados disquetes.
Os DVDs entraram com força no mercado nacional algum tempo depois, com intenção parecida: oferecer maior espaço de armazenamento em termos audiovisuais e suplantar as fitas cassetes. Mas, com o passar do tempo, as modernas novidades acabaram sendo superadas com velocidade espantosa. Esses produtos deixaram de ser o formato preferido de muitas pessoas para armazenar arquivos digitais ou reproduzir músicas e filmes por conta do surgimento de novos suportes que cumprem a mesma função e são, na maioria das vezes, fisicamente bem menores, como os pen drives – sem contar a possibilidade de armazenar dados em nuvem, em que não é necessário portar uma mídia física.
Em razão disso, milhares de CDs e DVDs são jogados no lixo todos os dias, o que pode ser um perigo para a natureza, pois, além de demorarem muito tempo para efetivarem a degradação completa, há componentes químicos que podem representar riscos ambientais.
Difícil reciclagem
Os CDs e DVDs são produzidos de maneira semelhante, diferenciando-se apenas na tecnologia de armazenamento – o DVD possui uma camada de compressão de dados que permite que ele armazene mais informações que um CD. Sendo assim, eles são formados, basicamente, por quatro camadas: a primeira é o rótulo, conhecida como camada adesiva; a segunda é uma camada de acrílico, onde ficam armazenados os dados; a terceira é a camada espelhada metálica (que pode ser de prata, ouro ou platina); a quarta é chamada de camada plástica, pois é feita de policarbonato (PC), que corresponde a quase 90% da estrutura de um CD ou DVD.
Por ter tantas camadas, a reciclagem de CDs e DVDs consiste em várias etapas. Primeiramente, ele passa pela desmagnetização (separação do metal e do plástico), depois há a separação dos resíduos e, posteriormente, a reciclagem do plástico, no caso, o policarbonato.
Para ser reciclado, porém, é necessário que a parte espelhada do item seja removida por meio de um processo químico ou mecânico, para não se misturar com a parte plástica na hora da reciclagem. Por isso, a reciclagem de CDs e DVDs é um processo caro, o que faz com que às vezes seja difícil encontrar um local que recicle esse material.
Os metais podem representar perigo ambiental, por isso é importante não fazer o descarte de CDs ou o DVDs no lixo comum. Sua decomposição em locais como lixões e aterros pode liberar metais no solo e no lençol freático.
A recomendação básica é contatar fabricantes ou procurar o sistema de atendimento ao consumidor, para que a empresa produtora informe a melhor maneira de descarte.
Outras alternativas
Mas, se a reciclagem se mostrar uma tarefa complicada, há outras opções quanto ao que fazer com CDs velhos:
Vender ou doar:
Você pode vender ou doar seus CDs e DVDs para um sebo ou para colecionadores;
Produzir artesanato:
Se você quer usar a criatividade, tente fazer artesanato com CDs e DVDs velhos. Veja alguns exemplos: