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Com exceção do tubo CRT, quase todo o restante do material pode ser reciclado facilmente; material tóxico precisa de descontaminação

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O cinescópio, mais conhecido como monitor CRT (cathode ray tube – tubo de raios catódicos), é uma tecnologia que está perdendo espaço na indústria de computadores. Os seus substitutos apresentam imensa melhoria na qualidade de imagem e não possuem quantidade tão grande de metais pesados em sua composição. As tendências são animadoras, mas o que fazer com os antigos “trambolhos” quando se quer adquirir um LCD?

Abrindo um monitor

Para evitar atitudes com consequências graves para o meio ambiente e para o ser humano – como o descarte do monitor CRT em lixões ou aterros sanitários, é preciso saber do que ele é feito. Acompanhe a tabela abaixo:

MaterialPorcentagem do peso
Placa marrom13,7
Bobina defletora4,7
Alumínio0,8
Ferro3,6
Plástico18
Cinescópio (CRT)57,7
Fiação1

De acordo com os dados, um monitor CRT tem quase 58% de seu peso gasto exclusivamente com o tubo de raios catódicos. “A quantidade de chumbo dentro do tubo é 20% do peso deste. Como um monitor pesa em torno de 13 kg, temos de dois a três quilos de chumbo, dependendo do tamanho e da idade do monitor. Quanto mais velho e pesado, maior a quantidade”, explica a especialista em gestão ambiental do Centro de Descarte e Reúso de resíduos de Informática (Cedir) da Universidade de São Paulo (USP), Neuci Bicov.

O chumbo é um metal pesado, que pode causar alterações genéticas, atacar o sistema nervoso, a medula óssea e os rins, além de causar câncer. Dois outros elementos tóxicos também estão presentes no monitor CRT: cádmio e mercúrio (saiba mais sobre os danos que eles proporcionam à saúde). Dependendo do modelo, é possível que outros componentes tóxicos façam parte do produto.

O perigo do monitor CRT é o que acontece quando alguém o joga em um lixão ou aterro, ele sofre as consequências do aumento de temperatura do local e o vidro tende a se romper, liberando o chumbo diretamente no solo, o que pode afetar a população do entorno (caso haja lençol freático nas proximidades) e a saúde dos catadores de lixo.

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Imagem de INESby por Pixabay 

Reciclagem

No Cedir, das 120 toneladas de eletrônicos já coletadas desde 2009, 40 toneladas delas foram apenas monitores CRT. “Não são todos os fabricantes que aceitam seus próprios produtos antigos. Alguns começaram a receber de volta depois de muita insistência”, diz Neuci.

O centro de descarte acumula as doações e as envia para uma empresa de reciclagem especializada conveniada com a universidade. Porém, o Cedir paga pelo procedimento. “A média de preço para descontaminação de um monitor está entre R$ 0,25 e R$ 0,56 por quilo, dependendo da empresa. Algumas empresas até recebem pequenas quantidades, já que o preço é por peso, mas o consumidor teria que agendar e levar o equipamento até eles, e ainda pagar por isso” comenta a gestora ambiental.

A maior parte do material (placa marrom, bobina, ferro, alumínio, plástico, fiação) segue para reciclagem direta. “Com o tubo é feita a abertura por máquina especial em ambiente vedado, separando o vidro frontal, limpo, que segue para o reciclador de vidro diretamente, pois não precisa de tratamento; e o vidro do tubo (com o chumbo) é moído para ser agregado, em partes, a vidros que necessitam de refração de luz (brilho), como cristal, por exemplo”, explica Neuci.

Deu para perceber que a reciclagem de monitores não é fácil e o consumidor tem poucas alternativas. A situação tende a melhorar com a vigência da lei de resíduos sólidos, a partir de 2014. Para facilitar a sua busca por um posto, acesse a seção Postos de Reciclagem da eCycle.


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