Desde que os humanos chegaram ao cume do Monte Everest pela primeira vez, em 29 de maio de 1953, ficou mais fácil escalar a montanha. Melhores tecnologias, mais conhecimento e infraestrutura adequada permitem que turistas se entreguem a essa aventura todos os anos. Isso com o auxílio de expedições preparadas para guiar as pessoas corajosas que se dispõem a aceitar os riscos.
Localizado na cordilheira do Himalaia, o Monte Everest é o ponto mais alto do mundo em relação ao nível do mar. Sua altura foi determinada pela primeira vez em 1856. Quando topógrafos da Índia Britânica estabeleceram que a montanha ficava a 8.840 metros acima do nível do mar, ou 29.002 pés. Esses topógrafos, no entanto, estavam em desvantagem, porque, receoso de que o país fosse invadido ou anexado, o Nepal não permitiu sua entrada.
Os 8.848 metros de altitude foram determinados por uma pesquisa indiana em 1955 e apoiados por uma medição chinesa de 1975. Essa medição estabeleceu o Monte Everest como o pico mais alto do mundo. Embora, quando considerada a distância do cume da montanha em relação ao centro da Terra, ele perca em altura para o Monte Chimborazo, no Equador, que ocupa o primeiro lugar como a montanha mais alta do mundo.
O Monte Everest foi assim batizado em homenagem a Sir George Everest, topógrafo geral da Índia. Até então, a montanha era conhecida como Pico XV. No Nepal, é chamado de Sgarmatha (que significa “deusa do céu”). Já no Tibete, recebe o nome de Chomolungman (que significa “deusa-mãe”).
O Monte Everest estende-se pela fronteira entre o Nepal e o Tibete, no topo da cadeia de montanhas do Himalaia. Embora chegar ao topo do mundo seja uma tarefa árdua e potencialmente mortal, em virtude da altitude extrema, avalanches, quedas de gelo e outros perigos, a montanha fica bem perto do Equador, a uma latitude de aproximadamente 28 graus.
Os cientistas da Terra estimam que o Everest tenha se formado há 50 a 60 milhões de anos atrás, um jovem para os padrões geológicos. A montanha foi formada pela força ascendente gerada quando as placas tectônicas da Índia e da Eurásia colidiram. Assim, empurrando para cima as rochas que formavam a montanha mais alta da Terra. Essa força ainda está em ação hoje, empurrando o cume do Everest cerca de um quarto de polegada a cada ano.
Por ser uma escalada árdua, especialistas acreditam que cerca de 300 pessoas morreram tentando escalar a montanha.
A ciência determina que o corpo humano não é capaz de permanecer indefinidamente acima de 19 mil pés. O cume do Everest tem aproximadamente um terço da pressão do ar que existe no nível do mar. Isso reduz significativamente a capacidade de um alpinista respirar oxigênio suficiente para se manter vivo.
Conforme os escaladores sobem a montanha, o oxigênio diminui, e aumenta o risco de doenças, como edema pulmonar, cerebral e embolias sanguíneas. As chances de congelamento também aumentam drasticamente em altitudes nas quais o coração trabalha mais para bombear o sangue pelo corpo, fornecendo oxigênio.
A maioria dos escaladores do Everest usa tanques de oxigênio para reduzir os efeitos da altitude extrema. No entanto, o oxigênio engarrafado tem suas desvantagens e riscos. Para começar, é caro, pesado para transportar e os cilindros vazios são frequentemente abandonados como lixo. Além disso, unidades de oxigênio são notoriamente não confiáveis.
O Monte Everest tem duas rotas principais de escalada, a cordilheira sudeste do Nepal e a cordilheira norte do Tibete. A rota sudeste, que é tecnicamente mais fácil, é usada com mais frequência. Embora montanhistas experientes digam que a dificuldade geral das duas rotas é comparável, os desafios são diferentes.
Na rota sudeste, os montanhistas devem correr pela perigosa cascata de gelo Khumbu. Mas o caminho é um pouco mais curto e mais fácil de descer rapidamente em caso de emergência. Na rota norte, é possível dirigir jipes até o acampamento base. Porém, os montanhistas devem atravessar vários quilômetros de terreno, acima de 27 mil pés, para chegar ao cume.
A popularidade do Monte Everest disparou na década de 1990, quando guias internacionais começaram a ser pioneiros em viagens comerciais montanha acima. Apesar dos riscos, o Everest atrai centenas de montanhistas de todo o mundo para suas encostas todos os anos.
A indústria é construída com base em um pequeno grupo de guias profissionais nepaleses. Eles trabalham juntos a cada primavera para preparar a rota com escadas e cordas fixas. Além de abastecer cada acampamento com itens essenciais como tendas, fogões, oxigênio engarrafado e comida. E, então, orientar pacientemente seus convidados estrangeiros até o cume.
Vários grupos étnicos dependem do trabalho relacionado à montanha. Para uma expedição típica de três a quatro meses ao Everest, a maioria desses trabalhadores ganha entre 2.500 e 5.000 dólares.
Vale lembrar que a alta procura de turistas por aventuras no Monte Everest provoca uma série de problemas ambientais ao local. Devido às toneladas de resíduos sólidos e dejetos humanos despejados na região todos os anos. Só em 2018, cerca de 25 mil pessoas escalaram a montanha – e o número de visitantes aumenta a cada ano. Em 2017, alpinistas retiraram cerca de 25 toneladas de resíduos sólidos da montanha.
Em 2019, uma expedição de limpeza organizada pelo Nepal recolheu por volta de onze toneladas de lixo e quatro corpos no monte. Resíduos sólidos abandonados a céu aberto são responsáveis pela disseminação de doenças e pela poluição do ar. Além de agravarem a emissão de gases do efeito-estufa, que contribuem para piorar os efeitos das mudanças climáticas.
1921: A rota norte é descoberta por George Mallory, durante a Expedição Britânica de Reconhecimento British, uma expedição exploratória, sem a intenção de atingir o cume.
1922: O britânico George Finch tenta escalar o monte usando oxigênio pela primeira vez, mas a expedição é frustrada por uma avalanche.
1924: George Mallory e Andrew Irvine não sobrevivem à tentativa de chegar ao cume. Uma expedição de 1999 encontrou o corpo de Mallory.
1952: Membros de uma expedição suíça liderada por Edouard Wyss-Dunant foram capazes de atingir uma altura de cerca de 28.199 pés (8.595 metros) pela rota sudeste, estabelecendo um novo recorde de altitude de escalada. Tenzing Norgay, nepalês membro dessa expedição, participou da expedição britânica no ano seguinte.
1953: Uma expedição britânica liderada por John Hunt volta ao Nepal. Hunt selecionou duas duplas de escalada para tentar chegar ao cume. A primeira, composta por Tom Bourdillon e Charles Evans, chegou a 100 metros do cume, mas foi impedida de continuar por problemas com o oxigênio. Dois dias depois, a segunda dupla, com o neozelandês Edmund Hillary e o nepalês Tenzing Norgay, chegou ao cume, tirou fotos e deixou no local alguns doces e uma cruz.
20 de maio de 1965: O montanhista Nawang Gombu Sherpa se torna a primeira pessoa a chegar ao cume sozinho duas vezes.
16 de maio de 1975: Junko Tabei, do Japão, é a primeira mulher a chegar ao topo do Everest.
3 de maio de 1980: O alpinista japonês Yasuo Kato é o primeiro não sherpa a escalar a montanha e alcançar o topo pela segunda vez.
20 de agosto de 1980: Reinhold Messner é a primeira pessoa a chegar ao cume sozinho.
22 de maio de 2010: Apa Sherpa, que havia atingido o cume do Everest pela primeira vez em 10 de maio de 1990, chega ao cume pela vigésima vez.
2017: O espanhol Killian Jornet chega ao topo do Everest sem a ajuda de cordas fixas ou oxigênio extra. O ultramaratonista alcançou a façanha de fazer o trajeto duas vezes, num intervalo de somente seis dias.
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