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Flexibilidade do bico e estratégias inovadoras garantem eficiência energética e sobrevivência desses pássaros

Os beija-flores, conhecidos por sua agilidade e beleza, escondem em seus bicos longos e finos um segredo impressionante: flexibilidade surpreendente. Essa característica, que desafia a percepção de que seus bicos são apenas estruturas rígidas para acessar o néctar, permite movimentos rápidos e coordenados essenciais para sua sobrevivência. Um estudo recente desvenda como esses pequenos pássaros maximizam a eficiência energética em cada voo em busca de alimento.

Uma equipe internacional de pesquisadores liderada por um professor de biologia da Universidade de Washington revelou que os bicos dos beija-flores realizam movimentos complexos em sincronia com suas línguas para extrair néctar em alta velocidade. Esse processo acontece até 15 vezes por segundo, uma cadência extraordinária para sustentar seu metabolismo acelerado. Filmagens em alta velocidade e microtomografias computadorizadas foram usadas para compreender como, ao estender sua língua, o bico se abre e fecha em diferentes pontos, otimizando o transporte do néctar.

Essa estratégia única combina dois mecanismos de sucção utilizados por outros animais, como o fluxo de Couette, usado por cães ao beber água, e o fluxo de Poiseuille, observado em mosquitos ao se alimentar de sangue. Beija-flores são um dos raros exemplos na natureza que integram ambas as abordagens, destacando a sofisticação de sua adaptação evolutiva.

Além disso, o estudo revelou que o bico dos beija-flores não apenas coleta néctar, mas também desempenha papel ativo em sua captura e transporte, mostrando uma flexibilidade que vai além do necessário para alimentar-se. Eles podem, por exemplo, dobrar o bico inferior ao capturar insetos, ampliando suas habilidades.

A pesquisa foi realizada em locais como Colômbia, Equador e Estados Unidos, capturando imagens de seis espécies diferentes. A análise indica que as pressões evolutivas impostas por flores de diferentes tamanhos e formatos moldaram os bicos ao longo do tempo, criando essa dança intricada entre língua, bico e flores.

Pesquisadores destacam que novos estudos podem aprofundar a compreensão sobre os músculos responsáveis por essa flexibilidade e investigar como atividades como a caça de insetos influenciam o comportamento dos bicos. Essa descoberta abre portas para entender melhor a complexa interação entre beija-flores e o ecossistema.

As adaptações dos beija-flores ilustram a engenhosidade da natureza em resolver desafios energéticos e ambientais, enquanto suas interações com as flores continuam a fascinar e inspirar estudos sobre evolução e biodiversidade.


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