Dados do sumário executivo do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, realizado no segundo semestre de 2013, mostram que as mudanças climáticas provocam muitos impactos nos sistemas naturais e socioeconômicos, causando certas consequências em tais áreas.
As mudanças climáticas podem proporcionar secas intensas e prolongadas, gerando prejuízos na agricultura, na pesca e na matriz energética do país. E quem mais sofre com isso é a população pobre, que tem menos chance de se adaptar a um novo cenário.
Segundo o relatório apresentado no Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, problemas envolvendo redução na quantidade de água usada para a irrigação e até um possível êxodo da população rural são possibilidades palpáveis. De acordo com uma matéria publica no site Agência Fapesp, “com o aumento da temperatura e a redução da quantidade de água, áreas de baixo risco para a agricultura vão se tornar de alto risco, perdendo valor e forçando a população rural local a migrar para os centros urbanos. No Ceará, por exemplo, isso pode acarretar uma redução de até 60% no produto interno bruto agrícola e no valor das terras”.
Não é apenas o campo que pode sofrer com as mudanças no clima. As cidades também serão prejudicadas com alagamentos e deslizamentos de encostas. O transporte público sofreria muito com isso, além do transporte de cargas, que é feito majoritariamente por via rodoviária.
Muitos outros campos da vida cotidiana seriam afetados, como saúde e abastecimento doméstico de água e energia. Porém, sejam quais forem os efeitos, todos vão lesar mais a população pobre e seus meios de subsistência.
A pobreza no Brasil diminuiu desde a criação do Plano Real. De acordo com estudos do ANPEC (Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia), a porcentagem da população pobre caiu entre os anos de 1995 e 2005.
Para se ter uma ideia, em 1995, uma média de 35% da população (cerca 63 milhões de pessoas) era considerada pobre, enquanto, em 2005, a porcentagem caiu para 30% (o que totalizava 55 milhões de pessoas). Já em relação àqueles que vivem em extrema pobreza (renda mensal per capita entre R$ 1 e R$ 70), houve uma queda – analisando o mesmo período, passou de 15% em 1995, para 11% em 2005.
Um relatório da OIT (Organização Internacional do Trabalho) publicado em 2012 mostra que, a partir de 2005, com a intensificação do programa social Bolsa Família, o número de pessoas que vive na extrema pobreza caiu, chegando a menos de 8,5% em 2013. Atualmente, o plano é erradicar o número de brasileiros que vivem na pobreza extrema até 2015. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social, restam cerca de 2,5 milhões de pessoas vivendo nesta condição.
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