Doenças relacionadas à presença de partículas na atmosfera provocaram a morte 7 milhões de pessoas em 2012
Imagem: Banco Mundial / Curt Carnemark
A Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou, em 17 de novembro, que as mudanças climáticas já causam milhares de mortes todos os anos, provocadas por fenômenos extremos, enchentes e secas e pela degradação da qualidade do ar, da água e dos alimentos. Segundo a agência da ONU, a situação tende a se agravar, caso os Estados-membros não adotem ações decisivas na Conferência do Clima de Paris, em dezembro.
De acordo com previsões da OMS, as mudanças climáticas poderão provocar, entre 2030 e 2050, 25 mil mortes por ano, associadas a infecções, como malária e diarreia, a ondas de calor e à subnutrição. Outro fator preocupante é a poluição do ar. Doenças relacionadas à presença de partículas na atmosfera deixaram sete milhões de pessoas mortas em 2012. Mulheres, crianças e os mais pobres em países de baixa renda serão os mais afetados no futuro.
Para a OMS, ações de combate às mudanças climáticas, como o investimento em desenvolvimento de baixo carbono e o uso de energias renováveis, trazem ganhos tanto para o meio ambiente, quanto para a saúde de todos. Segundo a agência, intervenções que reduzam as emissões de poluentes como o carbono negro e o metano e que restrinjam as emissões de veículos podem salvar 2,4 milhões de vidas por ano e reduzir em 0,5ºC o aquecimento do planeta até 2050.
A agência também afirmou que a atribuição de preços mais altos para combustíveis poluentes, de modo a compensar impactos de saúde negativos, pode reduzir as emissões de dióxido de carbono em 20% e cortar pela metade o número de mortes causadas pela poluição do ar. As restrições poderiam gerar lucros de três trilhões de dólares por ano, valor que representa mais da metade dos gastos de saúde de todos os governos do mundo.