As mudanças climáticas ameaçam uma variedade de direitos humanos, incluindo o direito à vida, à alimentação, à saúde, à habitação, à cultura e ao desenvolvimento
As emissões desenfreadas de dióxido de carbono, o desmatamento e a acidificação dos oceanos têm contribuído para o aumento de ondas de calor além de tempestades mais frequentes e violentas, e chuvas fora de época.
Esses padrões climáticos e variações de temperatura perturbam os ecossistemas e a vida selvagem, ameaçando também a agricultura e a produção de alimentos. Há décadas os cientistas vêm alertando que as mudanças climáticas representam uma séria ameaça à vida humana, agravando condições médicas preexistentes, como doenças cardiovasculares, respiratórias, renais, doenças mentais e estresse.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos também faz o mesmo alerta há décadas, destacando que as mudanças climáticas ameaçam uma variedade de direitos humanos, incluindo o direito à vida, à alimentação, à saúde, à habitação, à cultura e ao desenvolvimento.
Populações marginalizadas, como crianças, meninas e mulheres, migrantes, pessoas com deficiência e povos indígenas, são desproporcionalmente afetadas pelas alterações climáticas. Diante da inação governamental em relação às alterações climáticas, tem havido um aumento nos litígios climáticos.
As mudanças climáticas representam um dos desafios definidores do nosso tempo. Se não forem enfrentadas, causarão desastres ecológicos e sofrimento humano incalculáveis e até ameaçarão a paz e a segurança internacionais. As consequências dos oceanos mais quentes e das emissões gasosas descontroladas transcendem fronteiras, etnias e divisões políticas, afetando a todos.
Os governos precisam ser lembrados de sua dupla responsabilidade: cumprir os compromissos ambientais e proteger a saúde humana e os direitos humanos. Diante da crise climática iminente e da contagem regressiva para 2030, ações concretas e mudanças não podem acontecer rápido o suficiente.