Musgo é o nome dado às briófitas que formam extensos tapetes verdes sobre barrancos, pedras e troncos de árvores. Eles podem viver em ambientes relativamente secos, como superfícies de rochas ou barrancos expostos ao Sol, suportando temperaturas muito altas durante o dia, ou em ambientes frios e úmidos, sendo as únicas plantas de certas regiões ao norte do Círculo Polar Ártico.
A distribuição de substâncias no corpo de uma briófita acontece por difusão célula a célula. No entanto, apesar de as briófitas serem consideradas plantas avasculares, algumas espécies de musgo apresentam tecidos condutores de seiva.
As briófitas são plantas terrestres não vasculares, ou seja, elas não possuem tecido vascular que transporta água e nutrientes. Elas possuem partes que apenas se parecem com raízes, caules e folhas, mas não são de fato. Um exemplo de plantas briófitas são os musgos.
Nos musgos, os gametófitos são plantas de porte ereto, que crescem perpendicularmente ao solo. Um musgo apresenta um eixo principal, conhecido como cauloide, composto de estruturas que lembram folhas, chamadas de filoides. Os esporófitos dos musgos crescem sobre os gametófitos e são filamentos finos, com uma dilatação na extremidade, onde se formam os esporos.
Na maturidade, os gametófitos formam uma taça folhosa, na qual se diferenciam as estruturas reprodutivas – anterídios nas plantas masculinas e arquegônios nas plantas femininas.
Durante uma chuva, acumula-se água nas taças folhosas dos musgos. Nessas condições, os anterídios abrem-se e liberam os anterozoides. Ao atingir o ápice de musgos femininos, os anterozoides nadam para o interior dos arquegônios, onde se encontram as oosferas. A fecundação de uma oosfera por um anterozóide origina um zigoto diploide, que se desenvolve e gera o esporófito.
Posteriormente, o esporófito passa por um processo de divisão celular e origina esporos haploides. Quando maduros, os esporos libertam-se e espalham-se pelo ar. Se encontrar condições favoráveis, cada esporo germina e gera um novo gametófito; este, ao atingir a maturidade, formará anterídios e arquegônios, completando o ciclo.
Um levantamento da IUCN descobriu que cerca de 68% das espécies de plantas estão ameaçadas de extinção. Diferentemente dos animais, as plantas não conseguem se mover quando o seu habitat é destruído. Elas acabam desaparecendo também. Isso é um alerta, afinal, por meio da fotossíntese, as plantas fornecem o oxigênio que respiramos e equilibram os ecossistemas.
Muitas vezes ignorado ou retirado, o musgo tem um impacto surpreendente nos ecossistemas da Terra. Os musgos do solo estão entre os organismos mais amplamente distribuídos na terra, eles contribuem para a biodiversidade e função do solo terrestre. Eles são vitais para o equilíbrio ecológico do planeta, fornecendo oito serviços ecossistêmicos associados a 24 tipos de biodiversidade do solo e atributos funcionais em amplos gradientes ambientais de todos os continentes.
Além disso, os musgos do solo estão associados a maiores sequestros de carbono e reservatórios de nutrientes essenciais. Eles também diminuem a proporção de patógenos de plantas do solo do que solos sem vegetação. Eles são especialmente importantes para apoiar múltiplos serviços ecossistêmicos onde a cobertura vegetal vascular é baixa.
Globalmente, os musgos do solo potencialmente suportam 6,43 Gt a mais de carbono na camada do solo do que os solos descobertos. A quantidade de carbono do solo associada aos musgos é de até seis vezes as emissões globais anuais de carbono de qualquer uso alterado da terra globalmente.
Arranha-céus e prédios de concreto se espalham pelas cidades urbanas e se sobrepõem aos espaços verdes. Para solucionar esse problema, pesquisadores holandeses desenvolveram um concreto e um reboco de concreto que acomodam o crescimento de musgos nas superfícies. Qualquer superfície coberta por musgos torna-se um sistema respiratório autônomo e natural para as cidades.
De acordo com eles, os musgos são adequados para fachadas verdes, já que possuem rizóides em vez de raízes. Os rizóides funcionam principalmente como um adesivo, deixando a fachada em perfeitas condições, enquanto as raízes são muito invasivas e exigem muito da substância em que crescem.
Dessa forma, o produto pode ser facilmente aplicado em estruturas existentes e incorporado de forma eficiente em novos projetos, tornando seu concreto uma solução econômica para incorporar a natureza no ambiente urbano.
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