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A música existiu na humanidade desde que os primeiros humanos começaram a entender os sons

A música é parte fundamental da história da humanidade desde o princípio. Historiadores apontam que os seus primeiros sinais datam mais de 60 mil anos atrás, sendo que os primeiros instrumentos musicais eram semelhantes a flautas e produzidos com ossos e peles de animais. 

Apesar de se ter conhecimento a respeito dos primeiros instrumentos usados por seres humanos, estudiosos ainda não conseguem ter certeza sobre as origens da música. Todas as informações a respeito do primeiro contato dos seres vivos com a sonoridade musical são baseadas em teorias — desenvolvidas a partir dos resquícios musicais deixados por neandertais. 

Uma das teorias mais aceitas é a de que os seres humanos expressam suas emoções e sentimentos como felicidade, tristeza e dor, através da música — e isso era bastante comum entre as primeiras populações humanas. Afinal, como a linguagem ainda era pouco desenvolvida, os sons eram uma das únicas formas de se expressar em sociedade.

Em um estudo, da Universidade de Oregon nos Estados Unidos, foi revelado que pessoas com mais facilidade de interpretar o estado emocional de alguém (ter empatia), também tinham maior habilidade de entender qual emoção estava sendo passada por uma música

Durante a pesquisa, os voluntários assistiram uma série de vídeos de pessoas contando sobre situações emocionais de suas vidas, enquanto uma música de piano — baseada na história — tocava. Ao final do estudo foi notado que as pessoas que conseguiam ter empatia pelas histórias também eram as que tinham facilidade de interpretar as emoções nas músicas. 

Benefícios da música
Benefícios da música para o cérebro

A música através da história

Música pré-histórica

Acredita-se que os homens e mulheres da antiguidade, conhecidos como neandertais, começaram a fazer música para imitar os sons da natureza, por motivos religiosos ou recreativos. Por isso, a voz humana é considerada o primeiro instrumento já usado pela humanidade. Apesar de existir uma série de instrumentos rudimentares encontrados por arqueologistas, que ultrapassam 35 mil anos de existência.

Música ocidental e oriental antiga

Com o surgimento da escrita ficou mais fácil desenvolver a música como se conhece hoje. O primeiro registro escrito de uma melodia aconteceu por volta de 3 mil anos atrás, na Síria. O documento fazia o uso do alfabeto cuneiforme, para representar os sons. 

Além disso, foi possível estudar um pouco mais sobre a música dessa época devido as escritas em paredes, vasos e outros objetos encontrados em diversas regiões do planeta. Na Grécia Antiga, por exemplo, instrumentos como gaitas-de-fole já existiam, mas também haviam liras e flautas e o uso da polifonia (multiplicidade de diferentes sons reproduzidos em harmonia ritmo).

Na Ásia, a Índia também não fica para trás na história, já que nos livros sagrados hindus, o Vedas, contém informações importantes sobre a música clássica indiana. A melodia comum do Oriente Médio também tinha seu estilo único, comumente ligado a formas de representação religiosa. 

Idade Média 

Existem diversos estudos sobre a evolução musical na era medieval e na renascença. O interesse nesse estilo musical é tão comum nos tempos contemporâneos que existem corais que dedicam seu trabalho a repercutir este tipo de arte. É possível até mesmo achar releituras de música medieval feitas com canções atuais na internet!

Foi durante a Idade Média que a polifonia chegou ao seu auge, assim como um novo sistema de notas musicais que ainda usamos atualmente (Do Ré Mi Fá Sol). Na época, apesar de muito religiosa, as canções também falavam sobre contos de amor e cavalaria – e ficaram conhecidas como música folclórica. 

Música clássica 

Foi durante o Renascimento que se criou a base para a música barroca. Foi o cromatismo renascentista que inspirou artistas barrocos como Vivaldi e Bach. E durante esse período os compositores criaram composições ricas que se tornaram grandes orquestras, que seriam usadas até os dias de hoje em sonatas. Para saber mais sobre confira:

música clássica
Onze benefícios da música clássica para a saúde

Ópera e música romântica 

Durante o século XVIII até o século XX, muitos compositores inovaram o mundo musical. Os principais nomes eram Mozart, Beethoven, Haydn e Schubert. Esses autores experimentaram diferentes estilos, melodias, ritmos, instrumentos e soluções harmônicas. Foi durante esse período que o teatro e a música se juntaram, e formaram a ópera.

Jazz e blues 

Enquanto isso, longe da Europa, em comunidades afro-americanas, uma nova melodia  surgia. Essa era inspirada em tradições e sonoridades africanas, mas também nos ensinamentos cristãos, o que inovou o mundo sonoro. 

O jazz e o blues são vistos hoje como gêneros de importância para a fundação de todos os estilos contemporâneos, assim como as músicas clássicas o fizeram. Baseadas na improvisação e na estrutura clara de chamada e resposta, esses estilos se tornaram os principais na mídia durante os anos 60. 

Rock e pop

Nos anos 50 também surgiu outro gênero revolucionário, o rock’n’roll. Com suas origens no blues, ele se tornou um grande sucesso e influenciou diversos aspectos da cultura e da sociedade. Além de se tornar um fundamento de diversos outros estilos que vieram depois, incluindo o pop.

Música eletrônica

Com o avanço de novas tecnologias as composições deixaram de ser apenas sobre instrumentos de percussão e sopro, agora abrangendo os sons feitos por máquinas. Foi aí que veio a música eletrônica, criada por meio de softwares e remixadas em computadores. 

Apesar de não agradar os mais clássicos fãs de música, o estilo eletrônico chegou para ficar, e tem sua peculiaridade que evolui junto da tecnologia humana. No entanto, ainda mantém características de gêneros padrões como o rock, o pop e até mesmo a música clássica. 

Quais são os benefícios da música? 

Além do estudo da evolução cultural da música, também existem as análises que avaliam os benefícios dela à saúde. Por exemplo, uma pesquisa da Universidade de Barcelona, mostrou que, quando gestantes ouvem música sem fone ou cantam para seus bebês durante a gestação, eles nascem com uma melhor habilidade neural sobre codificação de sons.

Outro estudo, da Universidade de Geneva, apontou que a prática de tocar música pode reduzir o declínio cognitivo em pessoas idosas. Isso acontece devido ao estímulo da massa cinza do cérebro causada pelas melodias. Os pesquisadores chegaram a essa conclusão depois de acompanhar 100 voluntários aposentados que nunca haviam tocado instrumentos ou cantado profissionalmente. 

Por fim, pesquisadores da revista Journal of American Medical Association (Jama), descobriram que a música tem papel importante quando se trata de manter a mente humana saudável. Isso porque os seus benefícios no corpo são semelhantes ao da prática de meditação ou exercícios físicos. 


Para saber mais sobre os efeitos benéficos da música no organismo humano, confira a matéria: “Benefícios da música para o cérebro”.


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