Mycoplasma genitalium (MG) é uma bactéria responsável por uma infecção sexualmente transmissível (IST) que pode causar coceira vaginal, ardor ao urinar e sangramento da pele ao redor da vagina, em mulheres, e corrimento uretral ou sintomas de artrite, em homens.
A infecção afeta o colo do útero (parte superior da vagina), a uretra (de onde sai a urina) e o reto (passagem anal). É frequente sobretudo entre os jovens. Os sintomas e as possíveis complicações da bactéria são semelhantes àqueles provocados pela clamídia (Chlamydia trachomatis).
No entanto, ao contrário do que ocorre no tratamento para clamídia, existe um número bastante limitado de antibióticos para tratar a Mycoplasma genitalium, em virtude de uma peculiaridade em sua estrutura celular e à crescente ameaça de resistência aos antibióticos.
A Mycoplasma genitalium é transmitida através do sexo. Normalmente é transmitida diretamente de uma área infectada, mas às vezes pode ser transmitida através de fluidos infectados nos dedos ou brinquedos sexuais. A MG pode afetar homens e mulheres e é transmitida de pessoa para pessoa por meio dos fluidos corporais durante o sexo (peniano-vaginal ou anal peniano). A transmissão via sexo oral não é considerada um grande fator.
A Mycoplasma genitalium é a causa de vários tipos de infecções, incluindo formas de vaginose bacteriana e uretrite não gonocócica. Ela também foi associada à doença inflamatória pélvica e implicada em outras infecções antes atribuídas a outras bactérias.
Em geral, a maioria dos casos de Mycoplasma genitalium é assintomática. Se os sintomas aparecerem, eles serão inespecíficos e facilmente confundidos com sinais de outras infecções sexualmente transmissíveis, como clamídia e gonorreia. Os sintomas da MG também diferem significativamente em mulheres e homens.
Em mulheres, a MG pode causar:
Já nos homens, os sintomas mais comuns são:
A principal barreira para o diagnóstico de MG é que não existe um exame de sangue aprovado para confirmar a infecção. O diagnóstico direto requer uma cultura bacteriana, que leva até seis meses para crescer.
Os médicos têm outras maneiras de identificar diretamente a bactéria, mas esses testes são reservados principalmente para pesquisas. Por isso, a MG é geralmente diagnosticada presuntivamente. Em outras palavras, seu médico pode diagnosticar MG como a causa de seus sintomas depois que outras opções forem descartadas.
No entanto, a presunção de MG pode levar ao fracasso do tratamento. Isso pode ocorrer em decorrência do tratamento sindrômico das infecções sexualmente transmissíveis, que acontece quando todas elas são tratadas da mesma forma, sem identificação da causa.
Esse tipo de tratamento pode expor o paciente a medicamentos que podem não funcionar tão bem quanto um tratamento específico. Em infecções bacterianas, o antibiótico errado pode causar bactérias resistentes aos antibióticos.
As crescentes preocupações com a gonorreia resistente a antibióticos levaram a mudanças no regime de tratamento recomendado na última década. A preocupação é que, com o tempo, nenhum tratamento para essa infecção comum será confiável.
A Mycoplasma genitalium é geralmente tratada com antibióticos, mais comumente uma dose única de 1 grama de azitromicina. Embora a azitromicina seja considerada segura e eficaz, há evidências de aumento da resistência ao medicamento em populações onde é amplamente utilizada.
O teste de MG não faz parte de uma triagem de saúde sexual. O teste geralmente é recomendado apenas se você tiver sintomas ou tiver feito sexo recentemente com uma pessoa infectada com a bactéria. Existem várias maneiras de testar a MG, dependendo dos sintomas e do risco, como coleta de urina, coleta de amostra vaginal e coleta de amostra retal.
Se a infecção não for tratada em mulheres, pode causar complicações semelhantes às da clamídia. Algumas mulheres desenvolvem doença inflamatória pélvica, embora menos comumente do que com clamídia. A doença inflamatória pélvica pode, por sua vez, levar à infertilidade. Se você estiver grávida, isso pode, raramente, levar a um parto prematuro ou aborto espontâneo.
Se não tratada em homens, não há complicações aparentes, mas o principal risco é que os homens podem infectar novas parceiras e reinfectar as parceiras tratadas.
Uma infecção por MG não tratada pode causar:
A única maneira de prevenir a infecção é usar preservativo, tanto para sexo vaginal como para sexo anal. Nenhum método anticepcional além do preservativo masculino ou feminino pode oferecer qualquer proteção contra a bactéria.
Fontes: Knowridge, FPV.org e Very Well Health
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